quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Rock de Combate


Por Nilton Carvalho

Neste mesmo dia, em 1952, nascia o vocalista do The Clash Joe Strummer. Filho de um diplomata inglês e mãe turca, John Grahan Mellor logo mudou seu nome para Joe Strummer, ao entrar para o rock.

Assumiu os vocais do Clash ao lado do baixista Paul Simonon, o guitarrista Mick Jones e o baterista Terry Crimes. Crimes não ficaria muito tempo na banda, apenas gravou o primeiro disco e logo em seguida deixou a banda alegando divergências ideológicas. Com o novo baterista Nick Topper Headon, o Clash encontrou sua formação clássica e ganhou entrosamento.

Antes de formar o Clash Joe liderou o 101’s, que fazia um rock básico com influências de rockabilly e blues. Após assistir uma apresentação dos Sex Pistols, Joe decidiu que gostaria de fazer outro tipo de som. Mais pesado e com mais atitude. O Clash integrou a santa trindade do punk e ao lado dos Pistols e dos Ramones, influenciou inúmeras bandas como Rancid e Libertines, entre outros.

Com o The Clash, Joe Strummer gravou discos que estão em qualquer lista de melhores de todos os tempos, abordou questões políticas e provocou uma enorme revolução sonora ao misturar punk rock, até então um estilo musical pouco maleável, com outros estilos musicais como reggae, jazz, rockabilly e hip hop.

Após o fim do Clash, em 1986, Joe se dedicou a poucos projetos durante o final dos anos oitenta. Reapareceu somente na década de noventa com os Mascaleros, gravando três discos. Joe Strummer morreu no dia 22 de Dezembro de 2002 em sua casa devido à complicações cardíacas. Em 2003 o Clash foi homenageado ao entrar para o Hall da Fama do Rock, deixando um legado riquíssimo poucas vezes visto na história da música.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O mestre do suspense


Por Nilton Carvalho

Há cento e dez anos atrás, no dia 13 de Agosto, nascia na nebulosa Londres um dos maiores nomes do cinema, Alfred Hitchcock. Mundialmente conhecido pela maneira brilhante de dirigir filmes de suspense, Hitchcock é considerado um marco na história da sétima arte.

Sua estréia aconteceu em uma companhia americana sediada na capital inglesa criando legendas para filmes mudos. Em 1939 se mudou para os Estados Unidos se tornando o expoente da “filmagem pura”, onde absolutamente tudo estava sob o controle do diretor.

Entre os clássicos dirigidos por Hitchcock estão Stranger on a Train, que traz a imagem inesquecível da freira de saltos altos, Psicose da antológica cena do chuveiro e Festim Diabólico, filmado praticamente sem cortes e com a câmera em movimento. Segundo o próprio Hitchcock, o mais importante era saber dosar os ingredientes certos para fazer o público gritar.

Dentre os grandes diretores de cinema, Alfred Hitchcock certamente figura como o mestre do suspense. Sua maneira de filmar acelerando os nervos das platéias a cada cena, quando unia montagem e música para criar suspense, estabeleceu um estilo e entrou para lista de melhores do século.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Tensão armamentista

Por Nilton Carvalho

A América Latina novamente será palco de um choque ideológico com o governo norte-americano. Tudo começou com o acordo bilateral entre Colômbia e os Estados Unidos, que irá aumentar a presença militar dos americanos na região.

Estados Unidos e o presidente colombiano Álvaro Uribe afirmam que o novo acordo irá intensificar o combate ao narcotráfico e às FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Se aprovada, esta seria a única base oficial na região, já que a base localizada em Manta (Equador) foi desativada.

É claro que os governos latino-americanos demonstraram insatisfação com o acordo. Desde os mais radicais como Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) aos moderados Lula e Michelle Bachelet (Chile), todos manifestaram o desejo de marcar um encontro com o governo norte-americano para discutir o caso.

Ideologias à parte, novamente surge um delicado assunto político envolvendo o poderio militar norte-americano e sua influência na América Latina. As divergências entre Uribe e Chávez devem se acentuar com o projeto, que pode causar uma corrida armamentista desnecessária.

A tendência é que os governos latino-americanos dificultem o acordo. Muitos dos líderes contrários alegam que os Estados Unidos pretendem trazer para Colômbia uma quantidade desproporcional de armamentos para somente “combater” às FARC e, pelo visto, este polêmico acordo ainda será muito discutido nos próximos dias. Os povos latinos devem enfrentar uma nova tensão armamentista na região.