tag:blogger.com,1999:blog-78399650145177923162024-03-05T20:12:06.562-08:00Alternativa PostA alternativa redescobertaNilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.comBlogger61125tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-9384590948617502112011-08-29T20:14:00.000-07:002011-08-30T08:04:32.519-07:00O hard news agora é assessoria<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyDrxtDec1pSlJla7e5hrEEAx4OgtOEjHDeZtBJH44T-RyircwEokcjlv-vr7QryxDOCvpIovqL3vAFE1CdLWdFLcJObt5KBnZ0maZgBCUhJVVQEF_GO7DnaCmAY-qhNQHvy8MVQEPTos/s1600/foto_James.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5646483061474093090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyDrxtDec1pSlJla7e5hrEEAx4OgtOEjHDeZtBJH44T-RyircwEokcjlv-vr7QryxDOCvpIovqL3vAFE1CdLWdFLcJObt5KBnZ0maZgBCUhJVVQEF_GO7DnaCmAY-qhNQHvy8MVQEPTos/s320/foto_James.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em></em></span></div>
<br /><div align="center"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>James Capelli (foto: Nilton Carvalho)</em></span></div>
<br /><div align="center"><em><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"></span></em></div>
<br /><div align="center"><em><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"></span></em></div>
<br /><div align="center"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Perfil do assessor de imprensa, jornalista, escritor, apresentador e professor, James Capelli. Redigido para a disciplina de Assessoria de Imprensa (4º ano do curso de jornalismo - Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS) </em></span></div><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>
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<br /><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Os cabelos brancos denunciam a experiência que o jornalista, escritor, apresentador e professor - não perca a conta - James Capelli, possui na área da comunicação. Na memória, a lembrança do jovem repórter que foi atraído pelo lado romântico da profissão, segundo ele, a pessoa que investiga a verdade e divulga para as pessoas os assuntos. Algo que dialoga com o lendário texto <em>Jornalismo, o melhor ofício do mundo</em>, de </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel_Garc%C3%ADa_M%C3%A1rquez"><span style="font-family:arial;">Gabriel Garcia Márquez</span></a><span style="font-family:arial;">.</span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Durante a conversa que tivemos, no escritório onde trabalha, James falou sobre a carreira, que é recheada de passagens por diversas redações.
<br />- Comecei a atuar em jornalismo há 25 anos – Relembra o profissional, que já passou por meios de comunicação como a extinta <em>TV Manchete</em>, <em>Cultura</em>, <em>Gazeta</em> e <em>Globo</em>, sem contar veículos impressos como o <em>Diário do Grande ABC</em>. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Hoje, James não trabalha mais produzindo conteúdo jornalístico diário, também conhecido como hard news. O jornalista abriu a empresa Escritório de Mídia, com o sócio e amigo de longa data, Danilo Angrimani, que presta Assessoria de Comunicação e desenvolve trabalhos de imprensa, mídia, marketing e propaganda, além de ser também editora.
<br />O primeiro emprego na área da comunicação foi como assessor de imprensa concursado na Secretaria de Educação do Estado, um tipo de serviço que a atual empresa também presta. Ao relembrar o início de carreira, na época em que esteve em grandes redações, como a Rede Globo, o jornalista destaca a rotina puxada. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Um dos locais onde eu trabalhei com a escala mais estranha foi na Rede Globo, não havia pré-escala definida... – Conta. Ao citar tal etapa da carreira, James alega que até mesmo para agendar uma simples consulta no dentista encontrava dificuldades por conta dos horários conflitantes impostos em um dos principais meios de comunicação do país.
<br />Os anos de atuação na área proporcionaram ao jornalista a possibilidade de optar por uma rotina de trabalho mais flexível.
<br />- Sempre quis estar próximo dos meus filhos, da criação deles. Isso veio depois de certa estabilidade profissional, a oportunidade de abrir uma empresa de assessoria de comunicação – Comenta a fase atual. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ao fundo da sala principal do escritório de James Capelli nossos olhares escapavam, vez ou outra, para a televisão que exibia a partida válida pela semifinal da Liga dos Campeões da Europa, entre Barcelona e Real Madri. Como já havia trabalho com James, durante alguns meses, sabia que o jornalista é torcedor do Santos e não foi preciso entrar no assunto futebol.
<br />Quando voltamos a conversar sobre a rotina de um repórter de jornal diário, James contou que a paixão pela notícia sempre moveu sua trajetória em jornalismo.
<br />- Acho que o cara, principalmente o jovem, quer mais é estar na frente de trabalho – Diz, ao justificar a sede pela informação, presente no dia-a-dia do repórter. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ao ser questionado sobre assessoria de imprensa, James chegou a me surpreender com a resposta, mas obviamente, o desfecho justificou o impacto da primeira impressão de suas palavras.
<br />- Eu não acredito em assessoria de imprensa... A assessoria real, hoje, é a de comunicação – Concluiu de maneira precisa, ao apontar que o desenvolvimento de um release, contato telefônico no follow-up e o acompanhamento de uma entrevista representam apenas um pequeno segmento da área de assessoria de comunicação.
<br />Dentre os tropeços das assessorias de imprensa, James não esquece que o que mais desgasta a relação assessor/jornalista é a ligação fora de hora. Neste caso, o profissional que já atuou nas duas áreas, tem maior possibilidade de evitar desavenças.
<br />- O cara que não sabe o que é um “pescoção”, que nunca viveu, não sabe o que é o fechamento do jornal para o final de semana... Ele não vai saber de fato a hora de entrar em contato – Ressalta o jornalista, que tantas vezes passou pela correria de um fervoroso fechamento. Para James, é importante transitar pelos dois lados. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Outro aspecto marcante da profissão assessor de imprensa, sem dúvida, é a relação com o cliente. Não foram poucos os profissionais que perderam determinadas contas por serem pressionados por causa de reportagens não publicadas ou porque prometeram veiculações impossíveis.
<br />- É preciso saber o que é notícia – Alerta, ao lembrar que o cliente precisa ter uma visão coerente das possibilidades e é função do assessor estabelecer uma relação de trabalho, baseado em um planejamento, para que se possa chegar aos objetivos.
<br />- O cara quer aparecer no Jornal Nacional e possui uma empresa de pneus, daí eu pergunto: “o que está acontecendo com a sua empresa?” – Conta.
<br />De acordo com James, o empresário, responsável pelo setor de marketing ou de recursos humanos contrata a assessoria de comunicação, geralmente, para resolver problemas. Quem está sendo contratado precisa identificar esses problemas e deixar bem claro os caminhos para que a necessidade do cliente seja atingida. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O ano de 2011 tem sido importante para James Capelli. Afinal de contas, vai ser difícil esquecer o primeiro livro publicado. O lançamento do romance policial com pitadas de experiências factuais, <em><a href="http://www.skoob.com.br/livro/165362-elo">Elo</a></em>, trouxe à tona a experiência de roteirista dos tempos de TV Cultura e as reportagens sobre boletins de ocorrência.
<br />- Faltava colocar em prática o lado ficcional – Diz o autor, sem deixar de lado o ponto forte que marcou a construção do romance.
<br />- Claro que o livro é embasado em experiências que tive na vida. É um livro policial e alguns dos crimes, ali relatados, eu vi de perto como profissional – Ressalta. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O conhecimento, alimentado ao longo de todo esse tempo na área da comunicação, conduz James ao perfil de professor. Como se não bastasse, o jornalista também é contratado para implantar departamentos de jornalismo e dar treinamentos. Foi assim que conheci o trabalho dele pela primeira vez, quando comecei a estagiar em uma </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_TV"><span style="font-family:arial;">Web TV</span></a><span style="font-family:arial;"> da região do Grande ABC. À época, James assumiu o desafio de liderar uma equipe de jovens jornalistas, fui contratado após passar por um teste, seguido de entrevista, e aprendi algumas lições importantes, durante os meses em que trabalhamos juntos. </span></div>
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<br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Aliás, quando a entrevista que gerou este texto chegou ao fim, James ainda deixou mais uma boa lição, para quem está começando a construir uma carreira.
<br />- Depois de uma certa experiência, você vai buscar, como eu disse, após ter passado muita coisa, os seus confortos e os seus desafios – Pondera. Uma boa dica para quem pretende se formar jornalista. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-73589745568074780742011-07-19T19:17:00.000-07:002011-07-19T19:25:30.979-07:00A arte que alimenta a vida<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbh_CAkI0xxZE7u_IT1MxICF3cns0vxzdbow7vLy8aQ7tqjS3a3pqoJ1cQFtOYkbhphqZa0S1w2WQnNrM1PLny7SRjs4oqLK4xvVyZ-23y1ZgxGa82B-C89Zp3CUkXrPiZ8cnux52V5kk/s1600/mari.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 180px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631254197439970082" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbh_CAkI0xxZE7u_IT1MxICF3cns0vxzdbow7vLy8aQ7tqjS3a3pqoJ1cQFtOYkbhphqZa0S1w2WQnNrM1PLny7SRjs4oqLK4xvVyZ-23y1ZgxGa82B-C89Zp3CUkXrPiZ8cnux52V5kk/s320/mari.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Mariana Meloni (foto: acervo pessoal)</em></span></div><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;"><em>Perfil da professora de Fotojornalismo, Mariana Meloni, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS.<br /></em></div></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br /><br />Era um sábado de muito calor. A entrevista, agendada para o final da tarde, me deu a tranquilidade suficiente para que eu pudesse dar uma passada na Pinacoteca do Estado de São Paulo para conferir a exposição do artista russo, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Rodchenko">Aleksandr Rodtchenko</a> (1891-1956). O trabalho de Rodtchenko na área da fotografia, aliás, é apreciado pela professora <a href="http://www.marianameloni.com/">Mariana Meloni</a>, 34, que eu iria entrevistar naquele mesmo dia. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Quando cheguei ao apartamento de Mariana, que ela divide com a amiga Dani e com duas gatas de estimação, localizado no bairro Higienópolis, em São Paulo, pude observar que o aspecto do local dialoga com a paixão que professora tem pelas artes. Alguns trabalhos dela enfeitam a sala de estar, dentre eles, uma série feita com uma polaróide. “Na verdade, é auto-retrato. Mas estou trabalhando com performance, trabalhando com personagens, não sou eu exatamente, é um personagem que eu representei. São três mulheres diferentes, são três personas”, conta. Ao lado esquerdo da sala, um armário guarda um acervo de fitas VHS, da antiga produtora de vídeos independentes, que a professora tinha, chamada Brócolis VHS. A bem sucedida produtora era gerenciada em parceria com o antigo namorado, mas, como nem tudo dura para sempre... “Depois eu terminei o namoro, não quis mais saber de fazer vídeos”, diz Mariana sem deixar escapar os risos, após fazer a brincadeira. </span></div><span style="font-family:arial;"><br /><div align="justify"><br />Na vida, muitas lembranças fazem com que o nosso presente seja compreendido de uma maneira mais clara e Mariana me contou que uma das pessoas que mais influenciaram sua carreira de fotógrafa foi o avô. “Ele dizia: pra arte você leva jeito. Ele era o único que falava”, lembra. No entanto, a entrada para o universo da fotografia veio somente durante o curso de Ciências Sociais, quando Mariana começou a estudar fotografia paralelamente. Além disso, o contato com a disciplina de “Antropologia Visual”, também ajudou. “Eu continuei fazendo, mas sempre tentando incorporar a imagem e o vídeo, que era outra coisa que me interessava muito, ao curso de Ciências Sociais”, diz. </div><br /><div align="justify"><br />Apesar de ter pesquisado sobre Mariana, antes de realizar a entrevista, fiquei surpreso quando soube que ela nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, se a professora não tivesse me avisado, seria praticamente impossível perceber que ela não nasceu em São Paulo. No entanto, Mariana está acostumada com mudanças em sua vida. Certa vez, a mãe da professora ganhou uma bolsa de estudos para ir à Inglaterra, fato que fez Mariana estudar na terra da rainha dos quatorze aos dezoito anos. “Já pensou? Eu tinha quatorze anos, queria ficar aqui com os meus amigos e tive que ir embora” lembra. Mas, apesar das dificuldades de ter indo para um país diferente com pouca idade, Mariana também vê o lado positivo. “Foi uma experiência super rica”, diz. </div><br /><div align="justify"><br />Quando o assunto é fotografia, disciplina que ela ensina na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Mariana não esconde a paixão pela área. “Ela está em tudo. A fotografia está presente no cotidiano mesmo, como você faz a sua vida. Como uma grande obra de arte”, conta em tom filosófico e sorri após a frase impactante. Para a professora, uma boa foto é aquela que toca a pessoa de alguma maneira, mas para ela, o fotógrafo também precisa romper alguns padrões. “Ela pode ser boa em diversos sentidos”, explica. Mariana se interessa por fotos que tragam algum tipo de crítica social e também denúncia. Para ela, quando existe um padrão e você rompe ao abordar a imagem de outra maneira, também pode tornar uma foto boa. “Acho que um exemplo disso é aquela foto do urubu e da menininha, ela está trazendo um questionamento social”, conta. </div><br /><div align="justify"><br />De acordo com Mariana, a fotografia, assim como as artes, de uma maneira geral, precisa abordar o lado social. Seja através da sátira ou até mesmo o fato de uma banda fazer música ruim, propositalmente, é algo que pode questionar. “Eu gostaria de ter mais relação com a política”, confessa a professora. Mariana também destaca que até mesmo quando levamos arte às periferias estamos fazendo um trabalho social. </div><br /><div align="justify"><br />Outro assunto que não poderia faltar em nossa conversa é o lado professora, de Mariana. A ideia começou logo após o curso de Ciências Sociais. “Eu terminei a faculdade e fui fazer mestrado em fotografia. E quando você termina o mestrado uma das opções de trabalho é dar aula. É uma maneira de estar em contato com o conhecimento e de sobreviver também”, lembra. Apesar das dificuldades no início da carreira, como por exemplo, dar aulas em salas com muitos alunos, Mariana conta que vive a profissão de professora intensamente hoje em dia. “Eu sou professora vinte e quatro horas. Não sei, você está conectado, não é? Você não se desconecta”, diz. Mesmo durante as folgas, quando a professora sai por aí sem nenhuma responsabilidade ou horário pré-estabelecido, ela não deixa de pensar em como enriquecer o conteúdo das aulas. “De repente estou numa livraria, daí eu vejo um livro, “ah, vou levar esse livro na aula”, sabe? É uma coisa muito parte da vida mesmo”, explica. Vida que também traz diversos projetos, todos relacionados à arte. </div><br /><div align="justify"><br />Um desses projetos, e um segredo que consegui descobrir em primeira mão, é a elaboração de um livro de receitas. Sim, Mariana ama cozinhar. A tradição vem de família, a mãe cozinhava, a avó cozinhava e com ela não foi diferente. “O meu novo projeto é um livro de receitas. Gosto de fazer comida e inventar pratos”, diz a professora. O doce petit gateau é uma das especialidades de Mariana, mas, outros pratos como macarrão ao molho de gorgonzola, com tomates frescos e manjericão também faz sucesso entre os amigos e a família. Quando pergunto de onde vem o prazer de cozinhar, Mariana é direta: “porque eu sempre gostei de comer, então é assim. Eu tinha que aprender a fazer as coisas que eu gostava de comer”. A professora já até projetou o lançamento do livro e optou por uma idéia bastante alternativa. “Eu quero fazer o lançamento aqui na minha casa, com os meus amigos e com comida. Vai ser ótimo”, conta cheia de entusiasmo.</div><br /><div align="justify"><br />Em determinado momento da conversa, a amiga Dani chega e eu explico a ela que vou escrever o perfil de Mariana, então ela diz: “ah, escreve sim, ela é ótima”. Após receber o elogio da amiga, a professora continuou me contando sobre seus projetos e sua vida. Como eu já havia escutado o toque do celular dela, e reconhecido a canção, perguntei sobre o seu gosto musical. E para a minha surpresa, Mariana também gosta muito de uma das minhas bandas favoritas. “Você sabe que eu gosto de The Clash, que eu amo, que é a música do meu celular (risos)... É a <em><a href="http://www.youtube.com/watch?v=xzvggodmBzk">Spanish Bombs</a></em>, que é maravilhosa”, concluiu. </div><br /><div align="justify"><br />É difícil não relacionar a vida da professora Mariana com as artes porque as atividades rotineiras em sua vida enfatizam essa proximidade. Além do trabalho com a fotografia, Mariana ainda tem tempo para se dedicar às aulas de desenho, balé além de um projeto que agrega dança e vídeo, com o namorado Ira Tan. Outro trabalho que a professora tem desenvolvido é com um estilo de fotografia alternativo, feito com câmeras <em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mera_pinhole">pinhole</a></em>, que são máquinas artesanais, elaboradas a partir de um tipo de papel especial. “Para fazer uma foto você não precisa nem de dinheiro, você mesmo pode fazer a sua. Essa política que é legal, o “do it yourself” (faça você mesmo), que é a frase punk, lembra? Esse é o punk da fotografia”, explica. Mesmo com todas essas coisas ocupando o seu tempo, ao logo da semana, Mariana se diz uma pessoa normal, como qualquer outra. Isso porque além dos compromissos profissionais e projetos ela ainda encontra tempo para cuidar das gatinhas de estimação, Ximbica e Petite, e também dos afazeres de casa. Mas, para alguém que já possui a experiência necessária e sabe se virar sozinha e correr atrás dos objetivos, isso não é nada que a professora Mariana não dê conta. </div><br /><div align="justify"><br />Em meio à toda essa agitação a professora, fotógrafa, artista e culinarista segue desempenhando muito bem todas essas funções, sempre com muita dedicação. Para resumir a relação de Mariana com seus projetos talvez o melhor termo que eu deva utilizar para finalizar este texto seja o “faça você mesmo” e é bom lembrar, que o próximo será o tão aguardado livro de receitas, cujo lançamento eu tenho orgulho de ter sido convidado e, certamente, não irei perder.</span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-52755600965396283532011-07-08T10:57:00.000-07:002011-07-08T11:36:52.946-07:00Após ganhar experiência, escolha o que é melhor pra você<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrqqW9ltoTK4Z8VdlCMgHmGdSdcN8vMfIffMQWLQrwKGS1mriSJCNyTdqfw7GSGxz2b7HVYR3PrmxR4EyNe1ikMm0UAbnr7w7kRHuWSQQFGN_UOD0Z0Cs5Nyh6h-2-qm-ZPEHix8aVwGI/s1600/helo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 180px; DISPLAY: block; HEIGHT: 283px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627047098137870594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrqqW9ltoTK4Z8VdlCMgHmGdSdcN8vMfIffMQWLQrwKGS1mriSJCNyTdqfw7GSGxz2b7HVYR3PrmxR4EyNe1ikMm0UAbnr7w7kRHuWSQQFGN_UOD0Z0Cs5Nyh6h-2-qm-ZPEHix8aVwGI/s320/helo.jpg" /></a><em><span style="font-family:arial;font-size:85%;"> A jornalista Heloísa Noronha</span></em></div><span style="font-family:arial;font-size:85%;"></span><br /><br /><br /><div align="center"><em><span style="font-family:arial;font-size:85%;">Texto elaborado após a palestra, realizada pela jornalista Heloísa Noronha, na sala da turma do 4º ano de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS. </span></em></div><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />A vida possui diversas etapas. Entrar no mercado de trabalho é uma delas, até porque, ter uma profissão é essencial para sobreviver. Esta fase da vida começa com a escolha do curso de graduação, segue com a fase pós-diploma, quando chegam as primeiras experiências profissionais, e se estabiliza com a conquista de espaço na área. Claro que não se pode esquecer que grande parte das mulheres ainda precisam se preocupar com os filhos e com a família. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Seja qual for a profissão, geralmente, essa é a trajetória de uma mulher no mercado de trabalho. Mas, o que fazer quando já possuímos a experiência necessária e queremos optar pelo que é melhor para nós? O ideal é definir um projeto de vida e seguir em frente, mesmo que seja necessário mudar de emprego. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A jornalista de longa data, Heloísa Noronha, que passou por diversas redações, incluindo jornais impressos e revistas como <a href="http://nova.abril.com.br/"><em>Nova</em></a>, <a href="http://contigo.abril.com.br/"><em>Contigo</em></a> e <em><a href="http://corpoacorpo.uol.com.br/">Corpo a Corpo</a></em>, sem contar os livros publicados, é um bom exemplo de profissional que escolheu o conforto, após anos de muito empenho. Até pouco tempo atrás, Heloísa precisava enfrentar o trânsito pesado de São Paulo, todos os dias, ao sair de São Caetano do Sul, que fica na região do Grande ABC, para chegar até a redação da revista na qual ela trabalhava, localizada no bairro Casa Verde, zona norte de São Paulo. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Como a jornalista também colabora na editoria de comportamento do <em><a href="http://www.uol.com.br/">Portal UOL</a></em>, decidiu que seu trabalho, na área de revistas, seria somente como freelancer, ou freela, como o jornalista que colabora com reportagens, mas que não possui vínculo com a revista é chamado na linguagem das redações. A opção de ser freela permite que Heloísa continue escrevendo suas matérias para a revista, sem precisar estar na redação todos os dias. O trânsito caótico de São Paulo, agora nem pensar. Além disso, a jornalista pode dedicar mais tempo aos projetos paralelos, como seu próximo livro, que desta vez será ficcional, sem contar que ela também pode ficar mais com a família. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A rotina profissional de Heloísa é um bom exemplo para mulheres que já possuem certa experiência, em determinada área, e que agora querem optar pelo bem estar. Para quem trabalhou tanto tempo e, muitas vezes, passou por momentos difíceis, chega a fase de fazer escolhas. Seja para tirar projetos pessoais do papel, realizar sonhos ou curtir mais a família, essa é a hora. Se a vida é cheia de etapas, é preciso saber aproveitar e enfrentar cada uma delas, assim como fez a jornalista e escritora Heloísa Noronha. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-31078948654919892022011-05-18T19:26:00.000-07:002011-05-18T19:47:26.019-07:00Com seu lixo, fazemos arte<div align="center"><em></em><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 212px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5608251771955006642" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-juY77y_sLySOmTTLET46XNIfGDHRK-BOv_pkDBX9_Sq58i55y0yOl4ZKBQNwwpgM5s1kNZ-dzJDmFG1hySzHbDL6nkCxl2OJWaoeBZnL-eZO-no2ccqLST-cEYQAHnnIr7h-JrH2gas/s320/principal_rgb.jpg" /> <span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Rodrigo Machado e Pado (Urban Trash Art)<br /></em></span><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em></em></span></div><br /><br /><div align="center"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Reportagem publicada na edição nº 25, do jornal-laboratório "Olhar Social", do curso de Jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS</em></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />Enquanto o trem não chegava o copo de café espantou a preguiça provocada por um sábado nublado e frio. Apesar de estar com o mapa nas mãos, ao desembarcar na estação da Lapa, precisei da ajuda de quatro pessoas para conseguir, enfim, chegar ao meu destino. Entrevistar artistas é uma tarefa desafiadora, principalmente, quando eles desenvolvem um trabalho diferente do convencional. Esta minha meta, escrever sobre a dupla <em><a href="http://urbantrashart.blogspot.com/">Urban Trash Art</a></em>, também conhecida pela sigla <em>UTA</em>, que há um ano e oito meses elabora esculturas a partir de materiais coletados no lixo e é formada por Rodrigo Machado, 37, e Cleber Padovani, 29, também conhecido como Pado. </span></div><span style="font-family:arial;"><br /><br /><div align="justify">Quando cheguei ao meu destino, percebi que a caixa de correio havia sido criada a partir de um pneu. O conceito “intervenção” de fato estava no ar. O ateliê ficava ao lado esquerdo da entrada principal da casa, mas antes do bate-papo, fui convidado para almoçar. O conceito de elaborar montagens faz parte da rotina de Rodrigo até nos momentos em que ele vira cozinheiro, dois tipos diferentes de macarrão dividiam a mesma panela. </div><br /><br /><div align="justify">Após a refeição, a conversa começou. Rodrigo e Pado me contaram que a dupla se conheceu após alguns projetos na área de cenografia. “Começamos a trabalhar juntos e percebemos muitas coisas que a gente tinha em comum, entre elas, coletar resíduos na rua e levar para casa”, conta Rodrigo. Entretanto, quando notaram que havia certa afinidade entre os dois, ainda levou um tempo para o projeto sair do papel. “A gente sempre falava “vamos qualquer dia, vamos qualquer dia”, e como todo final de semana tinha evento, nunca dava”, lembra Pado. Certo dia, a decisão de iniciar o trabalho foi tomada, nascia o <em>Urban Trash Art</em>. “Era um domingo. Saíamos aos domingos porque era o único dia livre que a gente tinha”, diz Rodrigo. </div><br /><br /><div align="justify">Todo artista de rua possui boas histórias e com o <em>Urban Trash Art</em> não é diferente, ao longo da conversa, fiquei sabendo das vezes em que a dupla se deparou com figuras bem conhecidas do contexto urbano como mendigos e garis. “Com garis temos várias histórias, até ajudamos eles a limpar em algumas ocasiões”, lembra Rodrigo. Certa vez, a dupla desmontou duas esculturas para aproveitar o material na elaboração de outra obra, quando surgiram dois moradores de rua. No momento em que Rodrigo e Pado estavam de saída, um dos mendigos virou e perguntou: “o que eu faço se alguém quiser comprar isso aí?”, foi então que Rodrigo respondeu: “pode vender, acho que você consegue pegar uns dez mil dólares”. No entanto, o destino daquela obra foi bem diferente do que eu podia imaginar. “Quando passei por lá, alguns dias depois, notei que ele havia desmontado metade da obra. Com metade ele fez uma fogueira e com a outra parte fez um barraco. Ele estava morando dentro da escultura”, diz Rodrigo. </div><br /><br /><div align="justify">Com tantas histórias e experiências relacionadas à arte, pensei que tanto Pado quanto Rodrigo tinham formação em artes, mas para minha surpresa, a trajetória deles é bem diferente. “Me formei na <em>FAAP</em>, em Licenciatura e Educação Artística e já pintava telas”, conta Rodrigo. Já Pado foi acumulando conhecimento instintivo, algo que nasce com o artista. “Eu não sei como explicar muito bem, sou artista plástico autodidata, não fiz faculdade, não fiz nada. Fui me virando e aprendendo as coisas na raça”, lembra. Acreditar que arte se aprende somente na faculdade é limitar a habilidade que certas pessoas desenvolvem, pelo simples fato de terem nascido com esse dom. “Tanto eu que fiz faculdade como ele que não fez, somos iguais, estamos juntos”, completou.<br /></div><br /><div align="justify">Toda obra necessita de um nome para ganhar vida, nesse aspecto, as esculturas elaboradas pela dupla chamam a atenção. “Certa vez, fizemos um trabalho no SESC Araraquara e tínhamos pensado em diversas coisas, mas na hora tudo mudou e decidimos fazer um caracol. Durante a montagem, o caracol começou a parecer um jacaré e então batizamos a escultura de jacaracol”, conta. Quando a entrevista caminhava para o seu desfecho, Rodrigo colocou um pedaço de madeira debaixo do meu gravador, alegando que a captação do som ficaria melhor, puro instinto de intervenção. </div><br /><br /><div align="justify">O ano de 2010 foi muito bom para a dupla, eventos importantes como a <em><a href="http://www.viradacultural.org/">Virada Cultural</a></em> e o mega festival <em><a href="http://www.swu.com.br/pt/">SWU</a></em> foram bastante comemorados pela dupla. “O <em>SWU</em> será a maior vitrine que a gente já teve e o nosso vigésimo trabalho”, destaca Rodrigo. O pouco tempo de estrada trouxe bons frutos e Pado não esconde a satisfação de um trabalho bem feito. “Por mais que sejamos malucos, nós chegamos e fizemos a coisa acontecer”, diz. </div><br /><br /><div align="justify">Definir o trabalho do <em>Urban Trash Art</em> é passear por uma série de possibilidades que vão desde sustentabilidade até uma espécie de trabalho politizado. “O mundo precisa de pessoas que pensem nessa questão do lixo”, diz Rodrigo. Já o engajamento, serve para mostrar ao público outra visão, no que diz respeito ao lixo urbano. “Antes de você jogar fora isso, com esse objeto é possível fazer outra coisa”, conta Pado. </div><br /><br /><div align="justify">Pelo que parece, a dupla <em>Urban Trash Art</em> está bem afinada. Seja na amizade ou nas experiências artísticas, Rodrigo e Pado certamente terão um caminho de sucesso pela frente. A proposta de elevar materiais encontrados no lixo à categoria de arte, como Marcel Duchamp fez com o urinol, representa uma maneira bastante conceitual de fazer arte. O entrosamento da dupla não é percebido somente nas intervenções artísticas, mas também nas brincadeiras, como o pedido que Pado me fez no final da entrevista. “Não esqueça de colocar na matéria que o Rodrigo me mata de vergonha”. </span></div></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-84937679302625739162011-04-09T08:37:00.000-07:002011-04-09T09:12:54.809-07:00A revolução de Ródtchenko<div align="justify"></div><br /><p align="center"><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyXvcs4duGKcOjugRhWJ6z9I_4z3shDx_PX5ig5lt23N_5KgR_9ZLdt8RPHnPLhGwCcpferMK9lDQgUNDK3bQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A exposição <em><a href="http://pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?c=exposicoes&idexp=527&mn=100">Aleksandr Ródtchenko: revolução na fotografia</a></em>, pode ser visitada até 1 de maio, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. O fotógrafo, pintor, escultor e designer gráfico participou de um dos períodos mais importantes da arte russa, ao lado de nomes como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Kazimir_Malevich">Kasimir Maliévitch</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Wassily_Kandinsky">Wassily Kandinsky</a>. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No vídeo acima, é possível visualizar alguns trabalhos de Ródtchenko na área de design gráfico. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-42029154307117241542011-03-23T15:37:00.000-07:002011-03-23T15:50:47.792-07:00O grande romance do Sr. Tolstói<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHiUaKwH7ssDdqjAcSXkcOYfOoK-u_kYcveLrBu5OmN4F1zfd1Kbg6Ot7mDlUrRiC0Flq4mGuZcEAISyGWvDuPlSsIiOMAcgNWYfmu7yWC68i47DtkKOO6ltOfX4UQMxR852MU7qMDk18/s1600/tolstoi.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 174px; DISPLAY: block; HEIGHT: 246px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587411166470716978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHiUaKwH7ssDdqjAcSXkcOYfOoK-u_kYcveLrBu5OmN4F1zfd1Kbg6Ot7mDlUrRiC0Flq4mGuZcEAISyGWvDuPlSsIiOMAcgNWYfmu7yWC68i47DtkKOO6ltOfX4UQMxR852MU7qMDk18/s320/tolstoi.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em> O escritor russo, Leon Tolstói</em></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">“Comecei devagar e derrotei o Sr. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Turgenyev">Turguêniev</a>. Treinei e derrotei o Sr. de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guy_de_Maupassant">Maupassant</a>. Lutei dois rounds difíceis com o Sr. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Stendhal">Stendhal</a> e fui ligeiramente melhor que ele. Mas ninguém nunca vai me pôr num ringue com o Sr. Tolstói, a não ser que eu enlouqueça”, disse certa vez o escritor <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ernest_Hemingway">Ernest Hemingway</a>.<br /><br />Por incrível que pareça, eu tive uma sensação parecida quando terminei de ler o romance <em><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_e_Paz">Guerra e Paz</a>,</em> do escritor <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leon_Tolst%C3%B3i">Leon Tolstói</a>, na última sexta-feira. Não que eu queira me comparar aos escritores citados por Hemingway, isso nunca, mas porque eu realmente fiquei muito impressionado com a riqueza dos personagens da obra do escritor russo.<br /><br />O romance, que narra as <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_napole%C3%B4nicas">guerras napoleônicas</a> e ao mesmo tempo traça a história de três famílias aristocráticas da Rússia, é uma aula de humanismo e também de história. Para concluir o livro, o escritor fez uma pesquisa minuciosa e o resultado é uma narrativa surpreendente.<br /><br />Dentre os principais trechos, eu gostaria de destacar a descrição que o escritor fez de Napoleão, no momento em que o francês está à frente de seu exército, apenas observando o movimento das tropas russas e também a análise sobre liberdade e poder, nas páginas finais do romance. Obviamente que depois de conhecer <em>Guerra e Paz</em> vou querer ler mais obras do autor.<br /><br />Para quem não conhece “o grande romance da paz”, o recado que deixo é que essa leitura é obrigatória para os amantes da literatura universal, pois trata-se de um recorte histórico, preciso e coeso, que mescla realidade e ficção em meio a um acontecimento marcante na história da humanidade. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-23169220793872400962011-03-22T21:19:00.000-07:002011-03-23T15:56:42.307-07:00Confissões de um "quase-jornalista" em conflito<div align="center"><em></em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8h_ThBRL4ZN-BrNaQn2bbZ7D2I7XpDbZaRmYiwjL__UTfYGLEyi1CBGr2jNQUk6YO3UjJAHTxxZUCuhTVRlCrHhZ0ifFL_KQ89omn53L1kmphgaixTpcFREEUezJwW67E2BSH0mRWgGM/s1600/legal.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587127245678083154" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8h_ThBRL4ZN-BrNaQn2bbZ7D2I7XpDbZaRmYiwjL__UTfYGLEyi1CBGr2jNQUk6YO3UjJAHTxxZUCuhTVRlCrHhZ0ifFL_KQ89omn53L1kmphgaixTpcFREEUezJwW67E2BSH0mRWgGM/s320/legal.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em> Nilton Carvalho, jornalista que escreve neste blog</em></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A decisão de estudar jornalismo na faculdade veio da minha inquietação em relação ao mundo. Curioso, cético e sem identificação com o empreendedorismo da área administrativa, fui obrigado pelo destino a entrar para o time de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel_Garc%C3%ADa_M%C3%A1rquez">Garcia Marquez</a> e companhia. Bom, pelo que sei o jornalista e escritor colombiano não cursou faculdade, mas isso não vem ao caso.<br /><br />Durante o primeiro ano, as disciplinas teóricas foram me afastando cada vez mais do meu emprego. Era insuportável fazer boas leituras, como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire">Baudelaire</a>, Theodor Adorno e <a href="http://www.fflch.usp.br/df/site/professores/chaui.php">Marilena Chauí</a> e no dia seguinte atuar no departamento administrativo de uma multinacional.<br /><br />O negócio foi ficando ainda mais complicado no segundo ano, quando as aulas ganharam praticidade, o que me deixava com muita vontade de ser <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo">jornalista</a>, ou quem sabe até um profissional renomado.<br /><br />Hoje, atuando na área, observo o universo de possibilidades e de caminhos que o jornalismo pode tomar. Agora, é possível perceber a responsabilidade que a profissão possui. Nas eleições deste ano pude notar o quanto é difícil buscar a isenção, pois imparcialidade não existe, como diria o velho jargão. Alguns casos de colegas que perderam o emprego por defenderem a verdade de determinados fatos que iam de encontro com a opinião do jornal me deixaram confuso sobre a nossa real função.<br /><br />Outros preferem expor a violência em estado bruto, apoiados no sensacionalismo do jornalismo policial. Como se mostrar cenas mórbidas fosse capaz de “informar” melhor o telespectador. Bobagem. O jornalismo de hoje se sente no direito de direcionar os assuntos de relevância pública e sequer ouvem ou procuram conhecer a população para saber suas reais necessidades. Muitas vezes, nos esquecemos que somos prestadores de serviço e que temos uma missão social fundamentada na Constituição.<br /><br />Dentre as diretrizes que venho aprendendo na universidade, muitas passam despercebidas dos jornalistas donos do saber, que ocupam seus tronos nas grandes redações. No entanto, espero poder contribuir para manter a credibilidade do ofício, que tanto fez pelo país em tempos difíceis de ditadura militar até a redemocratização.<br /><br />Erros e acertos fazem parte da rotina de qualquer profissional, mas a sensação que fica é que o jornalismo deve seguir novos rumos em tempos digitais. Hoje, as redes sociais nos permitem conhecer melhor as pessoas, mas essas ferramentas ainda são pouco exploradas. No meu caso, em especial, sei que ainda tenho muito que aprender antes de finalizar o curso de jornalismo. Na verdade, terminar a faculdade não significa saber tudo porque a vida é um eterno aprendizado.<br /></span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-57806149730909693792011-02-09T14:54:00.000-08:002011-05-18T19:52:32.347-07:00Um videorrepórter no MediaOn 2010<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6lUqAAEf5loPPf1-Fph6NkTWZsie1ubNajPNT3MzYc9NCL4i-lw2ayh7yRxGDh3AS74h1s1nZVKSmq_q2GxvZfQ56vqOGXihgQNEbQ6ACUeyNt1vXh-9uThve82u8JMfvUGaqA_KY-r4/s1600/mediaon3.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 153px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571827799106062098" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6lUqAAEf5loPPf1-Fph6NkTWZsie1ubNajPNT3MzYc9NCL4i-lw2ayh7yRxGDh3AS74h1s1nZVKSmq_q2GxvZfQ56vqOGXihgQNEbQ6ACUeyNt1vXh-9uThve82u8JMfvUGaqA_KY-r4/s320/mediaon3.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Susan Grant (CNN), Jaime Spitcovsky (mediador) e Aron Pilhofer (New York Times) na Super Session de abertura do evento (foto:Ricardo Matsukawa/Terra) </em></span></div><br /><p><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em></em></span></p><br /><p><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /></p></span><br /><div align="center"><br /></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O texto a seguir narra minha primeira experiência como videorrepórter. </span></div><br /><div align="center"><br /></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"><br />Era possível avistar o trem chegando quando eu olhei para o relógio e percebi que estava bastante atrasado. Ir da estação São Caetano até o metrô Brigadeiro, em meia hora, seria tarefa das mais difíceis. Mas, contei com a sorte, pois o entrevistado, Aron Pilhofer, editor de notícias interativas do <em>New York Times</em>, atrasou meia hora, superando meus dez minutos.<br /><br />Minha primeira experiência como vídeorrepórter, que ocorreu justamente no 4º Seminário Internacional de Mídia Online (MediaOn), me deixou um pouco nervoso. Eu tinha uma entrevista importante e jamais havia controlado a câmera e o microfone ao mesmo tempo. Outra dificuldade seria o idioma, apesar de conhecer bem o inglês, meu vocabulário talvez não fosse tão rico para uma entrevista deste porte e não havia nenhum tradutor.<br /><br />Quando Pilhofer chegou, eu já tinha decorado o que iria dizer e consegui estabelecer um diálogo satisfatório. No entanto, como eu não tinha experiência em filmar, confesso que no começo da entrevista a câmera tremia muito e a grande dificuldade foi encontrar um ponto que me proporcionasse estabilidade. Fiz as perguntas de maneira bem lenta para que o entrevistado pudesse entender e a conversa fluiu.<br /><br />A entrevista foi bastante focada em web jornalismo, busquei informações que fossem relevantes para os nossos desafios aqui na <em>Tv ABCD</em>. Fazer um jornalismo interativo, que valorize a participação do público e também que conte histórias de maneira criativa e inovadora. Tópicos que, aliás, Pilhofer abordou durante painel no qual participou. Foi então que percebi que a tal “Aldeia Global”, idealizada pelo teórico Marshall McLuhan, está cada vez mais intensa com o poder da internet e novas tecnologias.<br /><br />No final, com o braço um pouco dolorido de segurar a câmera em uma posição fixa, me despedi do entrevistado e de sua assessora de imprensa. Aron Pilhofer foi bastante cordial e quando ficou sabendo que eu ainda estava cursando jornalismo, resolveu inverter os papéis. “Como tem sido esta experiência?”, perguntou o editor. Olhei para o entrevistado e sua assessora e disse, “estar perto das pessoas, conhecer suas histórias e tentar transmiti-las em uma linguagem nova, tem sido um desafio e uma experiência única”.</span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-8229252745933166062011-01-12T13:35:00.000-08:002011-01-12T13:46:28.131-08:00A queda do "Belas Artes"<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihtW7gjppN-CzVOMrqRQ6TnKnXqYGVsEQQp91l6wxXEIyRxvsp_aIICJHBgoSNNp1Fq7YHiGefHJ_ZHEuNUYZBcUxuu-HFOuTXIbd6jzlbT0rxae69296y_lconnfxw2itWcoe2GJmS8k/s1600/belas+artes.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 198px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5561417368076895634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihtW7gjppN-CzVOMrqRQ6TnKnXqYGVsEQQp91l6wxXEIyRxvsp_aIICJHBgoSNNp1Fq7YHiGefHJ_ZHEuNUYZBcUxuu-HFOuTXIbd6jzlbT0rxae69296y_lconnfxw2itWcoe2GJmS8k/s320/belas+artes.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Cine Belas Artes, durante os anos 90 </em></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A cidade de São Paulo possui diversos pontos turísticos, lugares onde é possível entrar em contato com a história, através de lembranças que despertam sentimentos. O <em>Cine Belas Artes</em> é, sem dúvida, um desses espaços, mas infelizmente está prestes a dar o último suspiro.<br /><br />O proprietário André Sturm recebeu uma notificação em dezembro, alegando que o imóvel deveria ser desocupado até fevereiro. O dono do imóvel, Flávio Maluf, deseja abrir uma loja no local e decidiu acabar com um dos cinemas mais tradicionais de São Paulo.<br /><br />O <em>Belas Artes</em> atravessava uma crise financeira, após ter perdido o patrocínio do banco HSBC. Desde então, Sturm passou a correr contra o tempo para não perder o espaço. O patrocínio veio em novembro, mas como no mundo capitalista ‘tempo é dinheiro”, o proprietário Flávio Maluf já havia traçado o triste destino do cinema.<br /><br />A postura artística e apaixonada pela sétima arte sempre foi a marca registrada do <em>Belas Artes</em>. Na década de setenta, foram exibidos clássicos de Fellini e Antonioni em suas salas. Hoje, o cinema é conhecido por deixar os filmes, de grande bilheteria, durante um longo período em cartaz, fazendo com que o filme conquiste ainda mais o público. Um exemplo de paixão pelo cinema.<br /><br />É difícil imaginar a esquina da Paulista com a Consolação sem o <em>Belas Artes</em>. Apesar dos protestos, que devem ocorrer ao longo do mês de janeiro, o cinema vai mesmo abandonar o local. Nem mesmo o valor cultural e artístico parece ser páreo para o poder exercido pelo dinheiro na sociedade.<br /><br />As inúmeras histórias vividas pelos cinéfilos apaixonados, que um dia passaram pelo <em>Cine Belas Artes</em>, ficaram sem passado e temem pelo futuro incerto. Mesmo que o proprietário André Sturm encontre logo um novo espaço, o antigo endereço do cinema será para sempre um cartão postal apagado.<br /><br /></span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-20760180528025459342011-01-07T14:46:00.000-08:002011-01-07T14:50:42.909-08:00Janelle Monáe, um andróide que dança como James Brown<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1pPzWKiKZ0c7mSrqPbAg_zd3nx_073TIjrqr9fvml2D36282f6fMGWk-nuT5lCn4SDykQwhCTWNs8a3XYDsKGYeCku78hzKwGKU3JarK3g1DyyhnPARhofkTlKHFgzthcOTE1prxyO2Q/s1600/monae.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 141px; DISPLAY: block; HEIGHT: 198px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559579933108829298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1pPzWKiKZ0c7mSrqPbAg_zd3nx_073TIjrqr9fvml2D36282f6fMGWk-nuT5lCn4SDykQwhCTWNs8a3XYDsKGYeCku78hzKwGKU3JarK3g1DyyhnPARhofkTlKHFgzthcOTE1prxyO2Q/s320/monae.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Janelle Monáe </em></span></div><br /><br /><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">No universo musical, dizem que de tempos em tempos os estilos se renovam, ou seja, artistas criativos aparecem trazendo propostas inovadoras. Esse é o caso da cantora norte-americana, Janelle Monáe, de 25 anos, que se apresenta no Brasil este mês.<br /><br />A cantora surgiu com o disco Metropolis: <em>Suite I (The Chase)</em>, de 2008, que começou a aguçar o ouvido da crítica especializada. Entretanto, foi com o ótimo <em>The ArchAndroid (Suites II and III)</em>, de 2010, que a moça abalou de vez as estruturas da música soul.<br /><br />Criativa, Janelle Monáe criou uma espécie de andróide, que dança como James Brown e que mescla referências como David Bowie, Nina Sinome e Michael Jackson. O personagem interpretado pela cantora traz um visual futurista e ao mesmo tempo retrô, ingredientes que arremataram elogios no mundo da música. Dentre eles, o topo da lista de melhores discos de 2010, de acordo com o jornal britânico <em>The Guardian</em>.<br /><br />É com toda essa moral que a nova sensação da música negra chega ao país, mesmo que os holofotes estejam todos voltados para Amy Winehouse, que se apresenta após Monáe no festival <em>Summer Soul</em>. Mais uma vez a criatividade mostrou força na música e colocou o disco <em>The ArchAndroid (Suites II and III)</em> na discografia básica da sou music. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-6156410040771823402010-12-29T06:18:00.000-08:002010-12-29T06:20:37.009-08:00Cidadania entre mendigos e policiais<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2BYPFjJE-14zhMtu3v9bs9B0mw6yqytm5ACCyR_2VOWuY0WOrzBsDEh0sJSs8ZU2b9DX_EiLZOZpKhUoh49ZCZA7R5il8gwg-FzRi5-69MpglV5_yVbbFdIqLjTn9M9e7TC4Qw-EyDDk/s1600/cidadania.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 228px; DISPLAY: block; HEIGHT: 163px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556108961849315858" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2BYPFjJE-14zhMtu3v9bs9B0mw6yqytm5ACCyR_2VOWuY0WOrzBsDEh0sJSs8ZU2b9DX_EiLZOZpKhUoh49ZCZA7R5il8gwg-FzRi5-69MpglV5_yVbbFdIqLjTn9M9e7TC4Qw-EyDDk/s320/cidadania.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Aplicar a cidadania de maneira efetiva a todas as classes sociais em uma sociedade desigual como a existente no Brasil é tarefa das mais difíceis. Basta notar as punições que ocorrem em julgamentos de abastados e pobres que iremos nos deparar com uma situação tão desigual quanto injusta. No caso de policiais e mendigos, dois integrantes do cenário urbano das grandes cidades, este conceito segue o mesmo raciocínio.<br /><br />No exercício da cidadania, os policiais têm o dever de zelar pela segurança dos cidadãos, independente de sua cor, religião ou classe social. Entretanto, existem diversos casos em que o abuso de autoridade, feito por oficiais de polícia, aconteceu simplesmente pelo fato do indivíduo ter aparência humilde e ser negro, ou seja, um fato que foge dos princípios da cidadania.<br /><br />O mendigo, que na maioria das vezes é tratado com preconceito pela sociedade, tem sido vítima constante de atos violentos, sem contar que este não desfruta de nenhum direito básico de cidadania.<br /><br />Portanto, enquanto o mendigo for percebido como algo que deve ser higienizado do cenário urbano e o policial não cumprir o seu dever sem manifestar qualquer tipo de preconceito, a cidadania jamais poderá ser aplicada de maneira efetiva em ambos os casos. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-13827054795417055262010-11-17T18:10:00.000-08:002010-11-17T18:12:41.539-08:00Jornalismo e o sensacionalismo mórbido<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBaGoPYt26iv0lCta66n-EU95kYo3aTfbyzuILT5N6AsZ3SoGkIcPoOXyyBxos_rcvPCqntaex5TtIE9ijnhfBhyphenhyphendKG02BfeLTn2bUNqlNu43YDzp1n2QANoY0PJzyPOE4rxFVZIDaqoI/s1600/modelo_etica.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5540706819100690562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBaGoPYt26iv0lCta66n-EU95kYo3aTfbyzuILT5N6AsZ3SoGkIcPoOXyyBxos_rcvPCqntaex5TtIE9ijnhfBhyphenhyphendKG02BfeLTn2bUNqlNu43YDzp1n2QANoY0PJzyPOE4rxFVZIDaqoI/s320/modelo_etica.jpg" /></a><br /><div><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span></div><br /><div><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">A busca incessante pela audiência tem provocado sérios problemas para a qualidade do jornalismo de hoje. Como se não bastasse matérias elaboradas sem fundamento e pesquisa, as coberturas sensacionalistas de caráter policial transformaram as coberturas em espetáculos onde cenas violentas ganham cada vez mais espaço.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">De acordo com o Código de Ética da FENAJ, Federação Nacional dos Jornalistas, coberturas de crimes e acidentes não devem expor cenas cruéis, pois estas são contrárias aos valores humanos. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Esse tipo de imagem não aumenta o grau informativo da matéria nem sequer mobiliza a sociedade. O simples fato de cobrir de maneira coerente, poupando o telespectador de imagens inadequadas de mutilações, já é o bastante para transmitir o conteúdo necessário para que a população receba a mensagem. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Mesmo que o tema em questão esteja diretamente ligado ao jornalista, o profissional não pode tirar vantagem da reportagem para visar o interesse pessoal. O jornalista é um prestador de serviços da população, ele capta os acontecimentos mais relevantes e os transmite de maneira que todos, independente do nível de ensino, possam compreender. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Partindo desta linha de pensamento e respeitando sempre os conceitos do Código de Ética, o jornalista irá exercer a profissão zelando pela democracia e os princípios da cidadania. Informar é permitir que a sociedade conheça os fatos e tire suas conclusões e não confundir as notícias com espetáculos repletos violência. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-89396848599070520992010-11-06T07:26:00.000-07:002011-02-09T15:05:38.519-08:00A hora da presidenta<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRIheNBlZBUoFYqRWo33zmy0bA2jg4wkJacdcjghGeDm7yU6jgnLPOUqCRp0Lc1CUB6P1nfk6gOOh_o1QYNHIZ6chn6uB5hXwC8LwQhk5ukVRGLuuFAy3VoDmgPGB_GIjYl9mZhUKqsB4/s1600/dilmarousseff4.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5536443875002749746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRIheNBlZBUoFYqRWo33zmy0bA2jg4wkJacdcjghGeDm7yU6jgnLPOUqCRp0Lc1CUB6P1nfk6gOOh_o1QYNHIZ6chn6uB5hXwC8LwQhk5ukVRGLuuFAy3VoDmgPGB_GIjYl9mZhUKqsB4/s320/dilmarousseff4.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em> Dilma Rousseff, presidenta do Brasil</em></span></div><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em><div align="justify"><br /></div></em></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />No último dia 31 de outubro, o povo brasileiro elegeu a candidata do PT, Dilma Rousseff, presidente do Brasil. Cerca de 55% dos brasileiros optaram pela continuidade do atual governo, que teve dois mandatos do presidente Lula.<br /><br />Em termos histórico-culturais, vale ressaltar que é uma enorme conquista para as mulheres, pois é a primeira vez que uma presidenta assume o Brasil. No campo político, significa uma vitória particular para Luiz Inácio Lula da Silva, que conseguiu eleger seu sucessor.<br /><br />Mas e para o povo brasileiro, o que isso significa? Considerando os números atuais comparados aos de 2002, quando Lula assumiu a presidência, temos um PIB de 7%, contra 2,7% e uma taxa de desemprego de 6,2% contra 12,7%, daquele ano, só para citar alguns. Dados como estes certamente foram considerados pelo eleitorado.<br /><br />Em relação às políticas de inclusão social é possível seguir a mesma linha de pensamento. Programas como o Bolsa Família, PAC, Minha Casa Minha Vida e a valorização do salário mínimo impulsionaram a economia, mesmo atravessando uma “crise relâmpago”, no primeiro semestre de 2009.<br /><br />Mas nem tudo é positivo, Dilma terá um grande desafio no que diz respeito ao combate à corrupção. O governo Lula sofreu com episódios como o mensalão e a recente questão envolvendo a Casa Civil, que já foi ocupado pela presidenta.<br /><br />Denúncias envolvendo aliados como Sarney e Renan Calheiros também representam o lado negativo do governo Lula. Tudo isso deixou “no ar” que corrupção acontece, quando na verdade, ela precisa ser combatida com pulso firme.<br /><br />Com a missão de erradicar a miséria em quatro anos de mandato, segundo a própria presidenta disse em sua campanha, a ampliação de programas sociais devem ser a principal ferramenta para que a promessa realmente aconteça. </span></div><span style="font-family:arial;"><div align="justify"><br /></div></span><span style="font-family:arial;"></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Para os brasileiros, o que se espera é que, além de ampliar as políticas de inclusão social, Dilma trabalhe em prol de uma educação de qualidade. Investir em conhecimento e ensino certamente irá ajudar a formar cidadãos conscientes e capazes de construir uma sociedade mais justa e que acompanhe o crescimento econômico do país. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-46082402884256543812010-10-18T19:47:00.000-07:002010-10-18T20:04:22.072-07:00Perfil na web influencia contratação<span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho</span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><br /><div align="center"><em><span style="font-family:arial;">Elaborar perfis atraentes para o mercado de trabalho pode ajudar a brigar por uma vaga de emprego</span></em></div><span style="font-family:arial;"></span><br /><span style="font-family:arial;"></span><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwzWT569_Te_ldpXaZ4ken8ftbvn02k1Jg5J_JQfE4wKB6eLAGa6UEziPwvfFpCtvJCZvbrfMp9x-2nd3k-amOeZdRTx1UxxjAe-DKE-oP7bH2ZiEtf_8db4A2A6nMGr4RK133gcHNlcY/s1600/foto1_op%C3%A7%C3%A3o2.jpg"><span style="font-family:arial;"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529584748324360002" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwzWT569_Te_ldpXaZ4ken8ftbvn02k1Jg5J_JQfE4wKB6eLAGa6UEziPwvfFpCtvJCZvbrfMp9x-2nd3k-amOeZdRTx1UxxjAe-DKE-oP7bH2ZiEtf_8db4A2A6nMGr4RK133gcHNlcY/s320/foto1_op%C3%A7%C3%A3o2.jpg" /></span></a><span style="font-family:arial;"> <span style="font-size:85%;"><em>Helen Amaral, operadora de produção</em></span></span></div><div align="center"><em><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"></span></em> </div><div align="center"><em><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"></span></em></div><div align="center"></div><div align="center"><em><span style="font-family:arial;font-size:85%;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:arial;font-size:85%;"></span></em></div><span style="font-family:arial;"></span><br /><p><em><span style="font-family:Arial;"></span></em> </p><p align="center"><span style="font-family:Arial;"><em>(Matéria publicada pelo jornal "Diário do Grande ABC", edição de 19 de setembro de 2010)</em></span></p><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Candidatos que estão procurando emprego e gostam de interagir em redes sociais como o Orkut, Twitter e Facebook precisam ficar atentos. Com a revolução digital, que vem promovendo constantes mudanças na vida das pessoas, algumas empresas têm observado os perfis dos candidatos nas redes sociais, durante o processo seletivo. Entretanto, muitos usuários ainda não perceberam que estas ferramentas podem ser utilizadas como uma espécie de currículo e acabam configurando conteúdos inadequados para o mercado de trabalho.<br />Para evitar que isso aconteça, é necessário entender que as redes sociais vão muito além do que mera diversão. “Muita gente ainda acredita que as redes sociais são apenas um ambiente para lazer como manter contato com amigos, família, conhecer novas pessoas, etc.”, conta o especialista em planejamento digital, Maurício Gouvea.<br />Atualmente, as empresas têm se preocupado com a utilização das redes sociais por parte de seus funcionários, o que mostra que não vai demorar muito para que as redes sociais, obrigatoriamente, sejam analisadas pela empresa que deseja contratar. De acordo com o consultor da TGT Consult, Waldir Arevolo, essa preocupação já começou por conta da má utilização das ferramentas sociais. “As pessoas estão banalizando, achando que nas redes sociais você pode escrever qualquer coisa”, conta.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;"><strong>Polêmica Digital<br /></strong><br />Recentemente, um caso que chamou a atenção no meio corporativo foi a demissão do diretor comercial da Locaweb, Alex Glikas, que ofendeu o São Paulo Futebol Clube no Twitter, após uma partida contra o Corinthians, time que o executivo é torcedor. O fator decisivo para o desgaste entre a empresa e o diretor ocorreu devido ao patrocínio da marca Locaweb na camisa do clube paulista. O caso despertou questões polêmicas envolvendo a liberdade de expressão. Enquanto uns defendem que opiniões postadas nas redes sociais tornam públicas informações desnecessárias, outros defendem que exigir “políticas de uso” para as redes sociais significa censurar o funcionário.<br />Para o consultor Waldir Arevolo, a questão não é proibir, mas ensinar o funcionário a utilizar o canal correto. “A empresa não quer calar, mas sim orientar sobre o que deve e pode ser feito com as ferramentas das redes sociais. Você troca um funcionário e ganha um colaborador”, explica.<br />Questões polêmicas envolvendo empresas e funcionários, no ambiente das redes sociais, têm ocorrido constantemente e, em alguns casos, chegam até ao ponto de causar demissões, como no caso do executivo da Locaweb. “Às vezes, a pessoa não sabe o tamanho do ruído que um comentário em uma rede social pode causar”, conta Waldir. Para evitar contratempos como este, os usuários devem pensar duas vezes antes de tornar pública alguma informação que possa prejudicar o seu perfil, seja ele funcionário ou candidato em busca de uma vaga de emprego.<br />Essa tendência de monitorar e levantar dados comportamentais nas redes sociais já é uma realidade. A preocupação das empresas em estudar as opiniões de determinados nichos de mercado pode guiar novas projeções e isso exige que os funcionários e candidatos também estejam antenados. “Através das redes sociais é possível criar verdadeiros vínculos de relacionamento com seus consumidores, através de um diálogo franco e transparente. É a transformação de um relacionamento meramente transacional e impessoal para algo realmente passional, constante e mais próximo”, explica o especialista em planejamento digital, Maurício Gouvea.<br />Para o especialista, a postura indevida nas redes sociais fez muitas empresas adotarem “códigos de conduta” na web. “Algumas empresas já desenvolveram, inclusive, diretrizes para as redes sociais com o objetivo de ajudar seus funcionários a se relacionarem no ambiente virtual”, destaca o especialista.<br />As discussões sobre a implantação de “políticas de uso” para as redes sociais, na opinião do consultor Waldir Arevolo, não existiriam se o mesmo procedimento fosse implantado em outros canais. “É preciso entender o objetivo da mensagem para criar uma política de comunicação que não seja aplicada apenas a um canal. Para que as pessoas saibam os diferentes tipos de relacionamentos sociais”, diz. Outra questão, é que algumas empresas proíbem os funcionários de utilizarem as redes sociais, o que já pode ser considerada como uma medida ultrapassada e que interfere na relação com os funcionários. Na opinião do consultor, isso estimula o surgimento de críticas. “Quando você sai da empresa, onde você não pode usar as redes sociais, você chega em casa e diz no Twitter: ainda bem que eu saí”, conta.<br /><br /></span><span style="font-family:arial;"><strong>Como configurar um perfil atraente<br /><br /></strong>A aplicação de medidas preventivas pode ser utilizada em favor dos candidatos que estão procurando uma vaga no mercado de trabalho, pois quem sair na frente e elaborar perfis engajados terá vantagens em processos futuros.<br />A operadora de produção, Helen do Amaral, que está desempregada no momento, entende a necessidade de se preocupar com o conteúdo postado na web, mas, também vê um pouco de invasão de privacidade na questão. “O candidato, às vezes, não espera que seus comentários ou coisas colocadas para pessoas que ele conhece possam ser vistos por outras pessoas que, futuramente, podem não escolhê-lo para um emprego apenas avaliando parte de sua intimidade”, observa.<br />Estar preparado para o mercado de trabalho é conhecer as exigências do mercado e ficar atento para não ser pego de surpresa. “As empresas estão cada vez mais preocupadas com o comportamento de seus funcionários nesses ambientes”, conta Maurício Gouvea.<br />Considerando a importância das redes sociais nos processos seletivos de hoje, o candidato deve estar atento para algumas informações que podem ser úteis durante a avaliação do seu conteúdo na web. De acordo com o consultor Waldir Arevolo, o candidato deve mostrar em seu perfil, no Orktu ou Facebook, por exemplo, que é uma pessoa atenta para as novidades que estão ocorrendo e manter sempre atualizadas as informações sobre leituras e cursos. “O emprego ocorre muito por causa da demonstração de motivação, ler diferentes tipos de leitura e mostrar o que você tem pesquisado”, destaca. Mas, é importante que o candidato jamais insira em seu perfil dados incorretos, apenas para “incrementar” o currículo. “É obrigatório falar a verdade porque tudo que você escreveu vai ser checado”, alerta.<br />O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e as redes socais tanto podem ajudar o candidato a se destacar, com um perfil interessante e engajado, como podem prejudicá-lo, transmitindo uma percepção negativa para quem pretende contratar. No ambiente das redes sociais, é necessário ter muito cuidado para depois não se arrepender com o que foi escrito e atualizado.</span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-37915411769419828132010-09-20T20:39:00.000-07:002010-09-20T20:55:35.892-07:00O olhar que transforma lixo em arte<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf8B8d543jOVJ_QcdxcYWu9HFt5yTUQ3-nfwxjmirgs8fwQ8fh0-oL_tEs77OpnFiwUJnd05LtO-w59esVPKzDkoqQHJcIurzTFyTCiR2zDXLei1TYEPX_xKnBaUNgGDfyOcacTTaGLtM/s1600/foto3.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5519207064164861362" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhf8B8d543jOVJ_QcdxcYWu9HFt5yTUQ3-nfwxjmirgs8fwQ8fh0-oL_tEs77OpnFiwUJnd05LtO-w59esVPKzDkoqQHJcIurzTFyTCiR2zDXLei1TYEPX_xKnBaUNgGDfyOcacTTaGLtM/s320/foto3.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Rodrigo Machado e Pado, a dupla Urban Trash Art </em></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />As artes plásticas atravessaram diversas mudanças ao longo da história, nomes importantes deixaram contribuições desde o renascimento até o modernismo, passando também pelo pós-moderno. Pode-se dizer que este campo viveu, e está vivendo, constantes revoluções.<br /><br />Inquietações artísticas inserem na sociedade atual, baseada no consumo exagerado e na saturação de bens e serviços, conceitos capazes de dialogar com a realidade. É neste sentido que a dupla <em>Urban Trash Art</em>, formada por Rodrigo Machado e Pado (Cleber Padovani), desenvolve seu trabalho.<br /><br />O lixo descartado nas ruas de São Paulo é a matéria-prima que abastece a fábrica de idéias da dupla, conhecida pela sigla <em>UTA</em>. As obras, elaboradas a partir de objetos que a princípio não têm mais utilidade, são trabalhadas dentro do contexto urbano, ou seja, o processo de criação ocorre na própria rua.<br /><br />Assim como o flâneur, idealizado por Charles Baudelaire, que caminhava pelos espaços urbanos para vivenciar o caos dos grandes centros, Rodrigo Machado e Pado saem à procura de objetos descartados pela sociedade de consumo. Tudo o que é coletado renasce, ganha forma e dentro do contexto das ruas é transformado em arte.<br /><br />O público reage de diversas maneiras, do espanto à admiração, pois muitos não acreditam que é possível fazer arte com o que a sociedade joga fora. Se o apelo parece sustentável, ele é acima de tudo político, uma espécie de “anartistas” que detectam possibilidades e fazem intervenções, não há um parâmetro pré-estabelecido, mas idéias que vão surgindo e se completam.<br /><br />Criar um “Jacaracol” ou uma “Centopéia Viking” depende muito do momento e contexto, mas o conceito final mostra que o lixo é lixo somente até entrar em contato com mãos e mente do artista. Se Marcel Duchamp, certa vez, elevou um urinol ao patamar artístico, a dupla <em>Urban Trash Art</em> é capaz de transformar o lixo urbano em obras de arte. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-23843706757054859272010-09-19T10:43:00.000-07:002010-09-19T11:09:21.217-07:00Toque feminino na construção civil<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2F8b1r4L3RffTequPdf4k-wKJjOcHVYyYYyn5jUz7BSBsQGZTlDFEIZ-KOdDb07meKQ3H-H4v0i7NLqtK30VKzQDw4Xdwg1Uk4j7oSZfBJTbwwgCzBx41Myai27yO-3lwOa-PQFmECwg/s1600/pedreiras.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518688032939584994" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2F8b1r4L3RffTequPdf4k-wKJjOcHVYyYYyn5jUz7BSBsQGZTlDFEIZ-KOdDb07meKQ3H-H4v0i7NLqtK30VKzQDw4Xdwg1Uk4j7oSZfBJTbwwgCzBx41Myai27yO-3lwOa-PQFmECwg/s320/pedreiras.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Alunas do Curso de Construção Civil para Mulheres</em></span></div><div align="center"><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />O mercado da construção civil acaba de ganhar um novo perfil de funcionário. O segmento deixa de ser espaço exclusivo dos homens com a implantação do Curso de Construção Civil para Mulheres, idealizado pela prefeitura de São Bernardo do Campo.<br /><br />As aulas acontecem na escola Madre Celina Polci, onde funciona o Núcleo de Construção Civil e Educação de Jovens e Adultos, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. Lá, cerca de 150 mulheres atravessam diferentes módulos antes da formação, que visa abrir oportunidades de trabalho.<br /><br />De acordo com os professores, o detalhe apurado e o capricho do toque feminino são os atributos que credenciam as alunas a exercer um trabalho diferente nesta área. O projeto evidencia mais uma conquista da mulher no mercado de trabalho, pois quem acreditava que trabalho pesado não combinava com o público feminino terá que rever seus conceitos.<br /><br /><strong>Sobre o projeto</strong><br /><br />O curso é realizado de segunda a sexta-feira na Associação Padre Léo Comissari (Rua Padre Léo Comissari, 288, Jardim Silvina), nos períodos da manhã, tarde e noite, e na Escola Municipal de Iniciação Profissional (EMIP) Madre Celina Polci (Rua Barretos, 217, Baeta Neves), na parte da manhã e tarde. Mais informações pelo telefone 4126-3764.<br /><br />Blog das alunas do curso:<br /></span><a href="http://bugola-mulheresempreenteirasdesbcampo.blogspot.com/"><span style="font-family:arial;">http://bugola-mulheresempreenteirasdesbcampo.blogspot.com/</span></a><span style="font-family:arial;"> </span></div></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-44447332697109171592010-08-20T04:46:00.000-07:002010-09-20T20:58:47.662-07:00O último suspiro do Jornal do Brasil<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOWdA2p2svnmtJkH1gXoC9ZVy9JjbGfjP5jx9w8kmuIlxNBkRaQ6eE20BVZi_hxImFKahQVH1dOTwhdIEolyKK6o7B7Cb2irsRoZbgMvfuCOeyBzPuhy7fU9veeeAmAf-FFhNNyPQ3iQg/s1600/JB.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5507457755111061970" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOWdA2p2svnmtJkH1gXoC9ZVy9JjbGfjP5jx9w8kmuIlxNBkRaQ6eE20BVZi_hxImFKahQVH1dOTwhdIEolyKK6o7B7Cb2irsRoZbgMvfuCOeyBzPuhy7fU9veeeAmAf-FFhNNyPQ3iQg/s320/JB.jpg" /></a><br /><div align="center"><em><span style="font-family:arial;font-size:85%;">Artigo publicado na edição de setembro do jornal-laboratório "Olhar Social", da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS</span></em></div><br /><div></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />Para algo se tornar histórico é necessário um legado importante, qualidade e inovação, atributos que ficam na memória e são imunes aos efeitos do tempo. Caso contrário, nomes como Paulo Francis e Norman Mailer seriam insignificantes hoje em dia. Ambos foram excepcionais jornalistas e escritores e por isso são lembrados com respeito, seja qual for a discussão ou assunto.<br /><br />No caso de um jornal o pensamento segue a mesma linha. O tempo de atuação também conta bastante, como é o caso de jornais como <em>Le Monde</em>, <em>The New York Times</em> e <em>Guardian</em>. No Brasil, a trajetória do jornalismo também foi marcada pelos grandes jornais que, obviamente, contavam com profissionais competentes e que participaram diretamente da evolução do ofício. Entre os grandes jornais impressos do país está o <em>Jornal do Brasil</em>, popularmente conhecido como <em>JB</em>, que iniciou suas atividades em 1891 e que, infelizmente, já tem data marcada para a derradeira edição impressa. O dia 1º de setembro deste ano.<br /><br />A decisão foi tomada pelo empresário Nelson Tanure, atual dono do jornal, cuja alegação é das mais manjadas: a ascensão da internet. O <em>JB</em> existirá apenas em versão online. Na redação, os jornalistas estão tristes e desconfiados porque todos sabem que seus empregos estão com os dias contados. O antigo concorrente, <em>O Globo</em>, que inclusive deu a notícia antes mesmo dos próprios editores e jornalistas do <em>JB</em> ficarem sabendo, deverá “reinar” absoluto em terras cariocas.<br /><br />Ora, se a internet realmente fosse o motivo, todos os jornais estariam comprometidos. O que não se pode fazer é permanecer parado no tempo. Muitos jornais estão aprendendo a usar a internet como aliada, o que prova que a web pode formar uma boa parceria com o jornal impresso. O fato é que a notícia tem sido abordada de maneira melancólica pela imprensa de maneira geral, afinal de contas, trata-se de um jornal que existe há muito tempo no país e que empregou profissionais importantes ao longo dos anos.<br /><br />No dia 1º de setembro a versão impressa do <em>JB</em> será enterrada e com ela os principais acontecimentos do Brasil, mas a pergunta que fica é: será que a crise financeira do <em>Jornal do Brasil</em> foi mesmo provocada pela internet? Há quem diga que Nelson Tenure possui outras experiências negativas com meios de comunicação. Como diria a lendária previsão do tempo, publicada pelo <em>JB</em> no dia 13 de dezembro de 1968, dia em que passou a vigorar o Ato Institucional Número 5 (AI-5), as condições climáticas estão adversas</span>. </div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-46961782940777896552010-08-05T20:08:00.000-07:002010-08-05T20:10:48.371-07:00Um Grindhouse nas mãos de Tarantino<span style="font-family:Arial;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_JaFZBr34q4MVwav9bfxe0RG3NF1NKR_QB_Fh6tEzSv8najivscypeMcHIF3WG7D47mGA_CkRZG55nX4GwnyH1tiYmJ5eL_GmzRWWiaiEWPR7dhf1vIX3frGIoc3eOeXFwqZkNDmEGfI/s1600/Death-Proof.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 224px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5502128745435686738" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_JaFZBr34q4MVwav9bfxe0RG3NF1NKR_QB_Fh6tEzSv8najivscypeMcHIF3WG7D47mGA_CkRZG55nX4GwnyH1tiYmJ5eL_GmzRWWiaiEWPR7dhf1vIX3frGIoc3eOeXFwqZkNDmEGfI/s320/Death-Proof.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />Bastante popular na década de setenta, a Grindhouse, nada mais era do que sessões duplas de cinema. Nelas, rodavam filmes baratos produzidos com poucos recursos financeiros, carregados de cenas toscas e extremamente violentas. Características que influenciaram diretamente o estilo Quentin Tarantino de fazer cinema.<br /><br />Inspirados pelo estilo Grindhouse, Tarantino, Robert Rodrigues e alguns amigos, decidiram elaborar produções para homenagear o famoso gênero cult do cinema setentista. Dentre os filmes do projeto estavam <em>Planeta terror</em>, de Rodriguez, e o recém lançado no Brasil,<em> À prova de morte</em>, de Tarantino.<br /><br />O curioso é que a idéia inicial era lançar <em>À prova de morte</em> diretamente nas locadoras e não nos cinemas, como ocorreu com <em>Planeta Terror</em>. Mas, aproveitando a assinatura de Tarantino e o seu sucesso recente com <em>Bastardos inglórios</em>, os distribuidores decidiram apostar.<br /><br />Entretanto, o longa está sendo exibido somente em algumas salas e acabou não entrando no circuito “blockbuster”. Azar de quem não vai conseguir assistir porque o filme traz grandes referências dos clássicos trash dos anos setenta. Desde as cenas violentas até grandes perseguições automobilísticas e, é claro, também conta com a pegada autoral de Tarantino.<br /><br />Os diálogos, sempre bem elaborados, são marca presente nos trabalhos do diretor e abordam, de maneira abrangente, a personalidade da cada um dos personagens. Na trama, um ex-dublê de cinema, interpretado por Kurt Russell, que na realidade é um assassino de belas mulheres, anda pelos bares a procura de novas vítimas.<br /><br />Tarantino também não deixa de mostrar seus dotes de ator e, assim como em outras produções, assume um pequeno papel no filme. Outra grande sacada, que também é “carta marcada” nas produções do diretor, é a presença de canções pop em meio às cenas e diálogos. A obsessão por assassinar beldades do ex-duble serial killer e as cenas eletrizantes de velocidade nas estradas fazem de <em>À prova de morte</em> um Grindhouse imperdível, como na era do cinema trash underground. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-74849168259709017852010-07-22T18:07:00.000-07:002010-07-22T19:18:03.128-07:00O adeus do anti-herói<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyg1XAwc9MJV661I2L-w0GgDNHhi9MHesytGBWNBynMgDg2A1rR7x-4A00KdKqJciJoq4IMate3-Yvk4HCcyNCvE9LogDjFLyErN_A9nywIeRW2YvI5UOluhUwsHYYZT0Q77PmlolsyCU/s1600/harvey_pekar.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 195px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496919648760060322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyg1XAwc9MJV661I2L-w0GgDNHhi9MHesytGBWNBynMgDg2A1rR7x-4A00KdKqJciJoq4IMate3-Yvk4HCcyNCvE9LogDjFLyErN_A9nywIeRW2YvI5UOluhUwsHYYZT0Q77PmlolsyCU/s320/harvey_pekar.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Harvey Pekar (1939-2010)</em></span> </div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />No universo das artes é comum figuras importantes terem personalidade difícil ou serem consideradas chatas. Dentre elas, existem diversos exemplos como o músico Bob Dylan, o artista plástico Kasimir Malevich (1878-1935) e o escritor José Saramago (1922-2010). Essa característica quase sempre acompanha a genialidade do artista, como é o caso do quadrinista Harvey Pekar, criador e roteirista da série clássica de HQ <em>American Splendor</em>.<br /><br />Quando pensamos em quadrinhos é claro que milhões de histórias e personagens surgem, entre eles, os mega sucessos da Marvel recheados de heróis e vilões de toda sorte. Entretanto, a grande sacada de Pekar foi ter a idéia de criar um personagem autobiográfico que abordasse os acontecimentos cotidianos de sua vida. Em <em>American Slpendor</em> não existem personagens fictícios com super poderes, mas um cara comum com personalidade ácida e cômica, um verdadeiro anti-herói americano.<br /><br />Aliás, Anti-Herói Americano é o nome do filme inspirado na vida de Harvey Pekar, originalmente intitulado <em>American Splendor</em>, e com o ator Paul Giamanti no papel de Pekar. O longa, dirigido pela dupla Springer Berman e Robert Pulcini, conta como um simples arquivista, cuja vida tediosa parecia não ter mais sentido, acaba criando uma série de quadrinhos de grande sucesso.<br /><br />A história de Harvey Pekar é uma prova de que grandes talentos podem estar escondidos nos lugares mais inusitados. O arquivista apaixonado por livros e discos teve a brilhante idéia de transformar a sua rotina em HQ, fruto de inquietações de um gênio. A emocionante luta contra o câncer se arrastou por vários anos e, infelizmente, terminou no último dia 12 de julho, quando a esposa Joyce Brabner encontrou o quadrinista morto em sua residência. O cotidiano de Pekar certamente irá deixar um vazio enorme no mundo dos quadrinhos</span>. </div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-7733150149207224332010-07-06T15:36:00.000-07:002010-07-06T15:51:24.835-07:00Entre sonhos e conflitos<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>Crônica publicada no jornal-laboratório "Olhar Social", do Curso de Jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS. Ano 2 - nº17</em></span></span></div><span style="font-family:arial;"><div align="justify"><br />O jovem afegão Rustam Ashva conduzia o rebanho de volta para casa num fim de tarde cinza na montanhosa Cabul, capital do Afeganistão. Única fonte de renda da família Ashva, o gado era de grande valia em tempos difíceis de conflitos políticos. O mundo vivia momentos tensos. Após os atentados de 11 de setembro, falava-se muito sobre uma possível invasão norte-americana, isso porque, um dos principais suspeitos dos ataques, Osama Bin Laden, estaria supostamente escondido em terras afegãs. </div><div align="justify"><br />Invasões não são novidades no Afeganistão. No final da década de setenta, a então União Soviética, numa manobra militar em apoio a um grupo comunista que havia chegado ao poder no país, permaneceu por muito tempo no Afeganistão. Fato que Rustam Ashva conhece muito bem, apesar de ter nascido somente em 1989, ele ouviu diversas vezes o pai contar sobre os momentos difíceis que passou. À época, o conflito ganhou intensidade com a ajuda bélica enviada pelos Estados Unidos, curiosamente, aos mesmos radicais fundamentalistas que hoje eles chamam de terroristas. Realmente, geopolítica é algo bastante complicado de entender. </div><div align="justify"><br />Para o jovem Ashva, era difícil compreender o motivo que levava as pessoas a usarem armas, mesmo essa prática fosse bastante corriqueira no Afeganistão. Membro de uma família tradicional aos ensinamentos islâmicos, Rustam Ashva nuca aprovou as lutas religiosas tão comuns em sua região. O ódio entre judeus e muçulmanos é muito forte no Oriente Médio e tudo isso era complexo demais para um jovem de apenas 21 anos. Mesmo assim, Ashva sempre acreditou na paz entre as diferentes crenças. </div><div align="justify"><br />Mas o momento político mundial não era bom, os dias se passaram e o inevitável aconteceu. A suspeita de uma possível intervenção militar norte-americana se tornou realidade. Os conflitos envolvendo Talibãs e soldados dos Estados Unidos e da ONU viraram uma triste rotina na vida das pessoas que moravam em Cabul. Conduzir o gado se tornou uma tarefa perigosa por causa da intensidade do conflito armado na região. </div><div align="justify"><br />Na vida, às vezes, o acaso é um fator decisivo para as pessoas, seja positivo ou negativo não há como evitá-lo. Foi exatamente o que aconteceu com o jovem Rustam Ashva. Certo dia, quando conduzia o gado de volta para casa, o rapaz acidentalmente pisou em uma mina que estava, estrategicamente, enterrada com a finalidade de explodir algum ianque. Mas, o armamento acabou atingindo o alvo errado. De repente, tudo se apagou para o jovem afegão.</div><div align="justify"><br />Quando Rustam Ashva abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi uma série de uniformes brancos. Alguns minutos depois ele descobriu que se tratava de um hospital. Reconheceu seus pais e irmãos, mas não gostou da expressão triste e assustadora da família. Por um instante ele foi tomado por uma forte angústia, como se algo terrível houvesse acontecido, o que de fato era verdade. De acordo com o laudo médico, ele iria perder a perna direita, membro que foi bastante danificado pela explosão. </div><div align="justify"><br />O medo tomou conta do jovem afegão. Agora, ele seria obrigado a abandonar todos os seus sonhos por causa de um ferimento ocasionado por algo que ele sempre condenou. As armas.Hoje, cinco anos depois da tragédia, o jovem ainda caminha pelas regiões montanhosas de Cabul. Conduzir o gado agora é tarefa de seu irmão mais novo, que no último mês completou dezessete. Apesar das dificuldades, Rustam Ashva tem planos para o futuro, quer estudar medicina fora do país.<br /><br />Recentemente, ele se inscreveu em um projeto de intercâmbio promovido pela ONU, um processo de deve demorar um pouco por causa de questões burocráticas. Mas, algumas coisas não mudaram para o jovem afegão, ele ainda não endente o motivo das armas e dos conflitos. Esse é um pensamento que o acompanha todos os dias que ele caminha pelos rochedos, munido de suas muletas. Hoje, a velocidade de sua caminhada diminuiu, mas ele segue firme o seu caminho, mesmo que sem entender alguns assuntos. Geopolítica, conflitos e armas, definitivamente, as matérias mais complicadas na opinião do jovem afegão.<br /> </span><span style="font-family:Arial;">. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-11445062562106566622010-06-09T20:39:00.000-07:002010-06-09T21:25:09.116-07:00Espetáculo pop/erudito das ruas<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmZ1w36S84FbyCSdD2wudhh_Q_W7DyxX74PSUkvAp4HKVHH6lVO52tCml0SpKv6fuxVQIaokNM74F_ilwhY4wzyHq0QIjVsUss82na-dW_C3xCR_vXSSbI6wrcZ0-mA5m5k76NJWh42N0/s1600/foto1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 212px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480986707913114450" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmZ1w36S84FbyCSdD2wudhh_Q_W7DyxX74PSUkvAp4HKVHH6lVO52tCml0SpKv6fuxVQIaokNM74F_ilwhY4wzyHq0QIjVsUss82na-dW_C3xCR_vXSSbI6wrcZ0-mA5m5k76NJWh42N0/s320/foto1.jpg" /></a> <span style="font-family:arial;"><span style="font-size:85%;"><em>Cia As Marias</em><br /></span></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />Era uma tarde de outono, mas o frio lembrava muito o inverno, apesar do sol que brilhava no bairro do Calux em São Bernardo do Campo. A Praça Névio Albiero , inaugurada em 2007, foi o palco escolhido para a apresentação do grupo de teatro de rua <em>Companhia As Marias</em>.<br /><br />Com a proposta de se apropriar dos espaços públicos, a companhia visa atrair pessoas que não estão acostumadas a ir ao teatro. O grupo, formado por Cibele Mateus, 24; Patrícia Janaína, 25; Cristiane Santos, 27; Anderson Gomes, 28, e Eric de Oliveira, 24; acabava de finalizar o ciclo de ensaios de seu último projeto antes de partir para os grandes centros urbanos. Juntos, decidiram transformar calçadas e praças em palco e cidadãos apressados em espectadores ocasionais.<br /><br />A peça <em>A moça que casou com o diabo</em> é o trabalho mais recente. Nele, elementos populares e eruditos se unem proporcionando momentos de pura interação com a platéia. O título ousado desafia a religiosidade, mas, no decorrer das cenas tanto adultos quanto crianças se divertem com a história de uma moça “encalhada”, com mais de trinta anos, que acaba casando com o diabo.<br /><br />Os olhares atentos do público observam a humilde devota de São Gonçalo, desapontada com o santo que não consegue dar a ela um bom pretendente, cair nas garras do sedutor vilão, que disfarçado de galã, consegue seduzi-la. A figura do diabo, o ser maligno mais temido entre as sociedades cristãs, parece não assustar as crianças que acompanham de perto todas as cenas do espetáculo.<br /><br />Os ensaios semanais na praça traçaram uma relação especial entre o grupo e o público local. Alguns dos pequeninos espectadores sabem exatamente o desfecho da historia, mas não deixam de dar palpites durante a peça para que a moça descubra as reais intenções do demo. Um detalhe importante: os integrantes tiram toda a sujeira do local antes das apresentações. Na opinião do grupo, os ensaios são uma boa oportunidade para conscientizar as pessoas sobre a importância de se preservar a praça.<br /><br />Quando o cenário fica pronto, crianças e adultos se acomodam no chão de concreto para acompanharem juntos a peça. Assim como o termômetro que mede a febre, a platéia serve de parâmetro para que o grupo saiba exatamente o que é possível melhorar na dramaturgia.<br /><br />Durante as cenas, a platéia é questionada sobre diversos assuntos rotineiros da vida e é possível até ouvir uma ou outra citação de figuras bem conhecidas do cenário pop mundial, como o cantor Justin Timberlake. São esses elementos que fazem com que o público se identifique de imediato com a linguagem numa verdadeira salada pop/sofisticada. Quem já conhece o desfecho, faz questão de apreciar até o fim e quem assiste pela primeira vez, certamente terá outras oportunidades de vê-los ali no bairro. </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ensaios e mais ensaios para que esteja tudo certo quando o grupo partir rumo às apresentações nos parques e praças das regiões centrais do ABC e de São Paulo. Não importa se o público é formado por executivos engravatados, operários, crianças, mulheres ou moradores de rua, pois o desejo do grupo é estar ali, na selva de concreto, atraindo gente de toda sorte para conhecer a história da moça que casou com o diabo. </span></div></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-66241051520071527692010-06-03T12:03:00.000-07:002010-06-19T16:30:07.783-07:00Tamanduateí, o rio poluído que corta o ABC<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfa82cQav8SohNm0ZTFuun9J1Gi_1fE-kZW38tlwv3qzz5z2Edv3WK4KeT7_TlvxVnWNSFHz6KlrDL1uK2bJz1kUG7vg_Xc_B4YSZJBajs2LDTK7u1JnvaDCSFaGNCclT-9MkenIFhCIk/s1600/desenho.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 306px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5478628885350510146" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfa82cQav8SohNm0ZTFuun9J1Gi_1fE-kZW38tlwv3qzz5z2Edv3WK4KeT7_TlvxVnWNSFHz6KlrDL1uK2bJz1kUG7vg_Xc_B4YSZJBajs2LDTK7u1JnvaDCSFaGNCclT-9MkenIFhCIk/s320/desenho.jpg" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em>Crônica sobre o rio Tamanduateí, publicada no jornal-laboratório do curso de jornalismo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS.</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Arial;font-size:85%;">Ilustração:Mariana Meloni</span></em></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />O rio Tamanduateí, cujo nome em tupi quer dizer “tamanduá grande”, nasce em Mauá, na região da Serra do Mar, e deságua no rio Tietê, no bairro do Bom Retiro. Sua história começa alegre e cristalina como as águas de uma nascente que desconhece a poluição e termina triste, como uma tragédia shakespeariana, por conta do esgoto urbano que contaminou a pureza de suas águas. </span></div><span style="font-family:arial;"><br /><div align="justify">No início do século XX, o rio Tamanduateí era muito importante para os moradores do grande ABC. Muitos aproveitavam seu percurso, que atravessa os municípios de Santo André e São Caetano, para chegarem a São Paulo por meio de embarcações rio adentro. À época, era possível ver mulheres, donas de casa, lavando roupas nas margens do Tamanduateí com suas tábuas de lavar jogando conversa fora em manhãs ensolaradas. </div><br /><div align="justify">A pesca era outra atividade possível nas águas do rio. Embora hoje isso possa parecer motivo de piada, pescar no Tamanduateí era tão comum quanto tapar o nariz para evitar o mau cheiro do rio atualmente. Sempre que o nível das águas subia os cardumes aumentavam e todos aproveitavam para pescar. Mas a pesca não era a única atividade possível por lá. Nas margens do rio, a molecada gostava de caçar rãs, frangos d’água e patos selvagens bastante comuns na região.</div><br /><div align="justify">No entanto, a população aumentava em São Paulo e nas cidades do grande ABC e a urbanização crescia cada vez mais nos arredores do rio Tamanduateí. Não demorou para que o verde que prevalecia nas proximidades do rio fosse substituído por um novo tipo de selva, a de concreto, bem conhecida nos dias de hoje. </div><br /><div align="justify">O ano de 1950 foi o grande divisor de águas na história do rio. Tudo começou com a construção de um pólo petroquímico em Capuava, no município de Mauá. Sim, na mesma cidade onde estão localizadas as nascentes do Tamanduateí. Começa então a tragédia ambiental que transformou o rio, tão importante para os moradores no começo do século, num fétido esgoto a céu aberto. </div><br /><div align="justify">O avanço industrial cresceu nos moldes do capitalismo, buscando cada vez mais o lucro. Um avanço brusco e desenfreado que não se preocupava com as consequências ambientais. E assim o rio foi sendo poluído gradativamente ano após ano sem parar. </div><br /><div align="justify">O Tamanduateí passou a receber intermináveis quantidades de esgoto urbano e resíduos químicos provenientes das indústrias com tamanha intensidade, que hoje em dia fica extremamente difícil imaginar que no mesmo rio um dia foi possível navegar, pescar e até nadar.</div><br /><div align="justify">Mas quem pode ser responsabilizado por tamanha tragédia ambiental? Muitos são os culpados. Primeiramente os governos que viraram as costas para o problema quando a situação ainda estava sob controle. Em segundo, as empresas que não se preocuparam com o meio ambiente ao despejarem produtos químicos nas águas do rio. E nós, sim nós, a população que não cobra das autoridades soluções ambientais para um rio que está tão próximo da região em que vivemos. </div><br /><div align="justify">Os benefícios que o rio Tamanduateí oferecia aos moradores no começo do século foram simplesmente esquecidos num passado pra lá de distante. O mesmo rio que um dia foi tão útil, hoje recebe resíduos químicos, lixo e esgoto produzidos pelo homem que certa vez usufruiu de suas águas. Uma triste ironia, levando em consideração as discussões atuais a respeito da emissão de gases estufa e aquecimento global. </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Se o homem moderno está tão engajado em questões ecológicas, por que não começar pelo rio poluído que atravessa a sua cidade antes de tentar salvar o planeta? Reverter a situação trágica do rio Tamanduateí já seria um bom começo rumo às conquistas ambientais necessárias para um futuro sustentável. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-53652550889541629582010-05-26T20:55:00.000-07:002010-05-26T21:00:29.877-07:00Duas Coreias e um confronto<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNVje9y5NGBwXwNCgtvdRAi0K-YxeWC8gSwcp127EaYlNbq3tIvjHwed2BLdVFIalyNSWBGPn7TlOlxe6zjic1Q8xnIAhfVS8fF_8_HvcnnZT_K9ovAVyKirT4lI4TlktwfdSla5aPRbc/s1600/coreia.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 169px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475794442433623650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNVje9y5NGBwXwNCgtvdRAi0K-YxeWC8gSwcp127EaYlNbq3tIvjHwed2BLdVFIalyNSWBGPn7TlOlxe6zjic1Q8xnIAhfVS8fF_8_HvcnnZT_K9ovAVyKirT4lI4TlktwfdSla5aPRbc/s320/coreia.jpg" /></a><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em> Guerra da Coreia (1950-1953)</em></span></div><div align="center"><em><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"></span></em><span style="font-family:arial;font-size:85%;"><em> </div><div align="center"><br /></div></em></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />O fim da Segunda Guerra Mundial dividiu o mundo em dois blocos políticos. Capitalistas de um lado e comunistas do outro, para ser mais preciso, Estados Unidos e aliados ocidentais contra a União Soviética e o bloco socialista, incluindo também a China. O destino da Coreia foi traçado, ou melhor, dividido justamente porque ambos os lados queriam disputar esse novo e promissor território comercial.<br /><br />O inevitável confronto ocorreu em 1950 quando a Coreia do Norte, apoiada pelo bloco socialista, resolveu invadir Seul, capital da Coreia do Sul. A guerra se estendeu até 1953, ano em que as potências causadoras do conflito resolveram cessar fogo. Mas, as cicatrizes deixadas pelo tempo não foram esquecidas e refletem até os dias de hoje.<br /><br />O cenário mundial mudo bastante, a Guerra Fria acabou e a tensão entre Estados Unidos e União Soviética não existe mais. Apesar das modificações geopolíticas a situação das Coreias continua tensa. Na última quinta-feira, 20 de maio, a Coreia do Sul acusou o governo de Pyongyang de atacar um navio sul-coreano deixando 46 mortos. O ataque supostamente teria ocorrido no dia 26 de março.<br /><br />As evidências apresentadas aos aliados ocidentais provocaram discussões a respeito de “severas punições” contra o governo comunista. O governo norte-americano já afirmou que irá trabalhar em conjunto com a Coreia do Sul para que o caso seja levado ao Conselho de Segurança da ONU.<br /><br />Enquanto os americanos tentam aprovar novas sanções ou, na pior das hipóteses, uma resposta bélica para a questão, as Coreias intensificam os exercícios militares num típico ensaio de guerra. Recentemente, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, visitou a China, um de seus poucos aliados, para talvez buscar apoio em meio à tensão que ganhou força nos últimos dias.<br /><br />O confronto militar não está descartado, já que se trata de uma questão histórica e que já passou por desfechos sangrentos nos anos 50. O governo da China, um dos membros do Conselho de Segurança da ONU, atuando como mediador seria uma boa alternativa. Enquanto a paz entre os dois países parece cada vez mais distante, uma nuvem de incertezas cobre o cenário político mundial, um espaço que parece ser pequeno demais para duas Coreias. </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-59721537230346077222010-05-13T20:23:00.000-07:002010-05-13T20:30:53.630-07:00Redes sociais após a morte<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />Recentemente, li uma matéria no site do jornal <em>Estado de São Paulo</em> que me chamou a atenção. Alguns sites estão oferecendo um serviço inusitado, o gerenciamento de perfis póstumos nas redes sociais. E o mais incrível é que a tendência deve pegar.<br /><br />Se o homem ainda não descobriu a receita para ter vida eterna, a febre das redes sociais acaba de quebrar mais um tabu. É claro que o assunto vai dar o que falar, mas não duvido que o serviço decole em redes como o Facebook e o Twitter.<br /><br />Com serviços pra lá de inovadores, os sites oferecem até mesmo o envio de emails aos familiares que ficaram por aqui, em suas respectivas datas de aniversário. Quem já imaginou receber um "feliz aniversário" diretamente do além?<br /><br />Um dos sites deste novo gênero, o MyLastEmail.com (olha só o nome!), se encarrega de enviar aos amigos e familiares um singelo email de despedida. Com tanta interação com o pessoal do outro lado, vai ter muito médium perdendo o emprego.</span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7839965014517792316.post-55423021241426006712010-05-09T19:11:00.000-07:002010-05-09T20:06:12.787-07:00A farra do jornalismo sem credibilidade<div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Nilton Carvalho<br /><br />Na última semana, quem acompanha de perto o que acontece na grande imprensa notou uma série de discussões sobre a reportagem publicada na <em>Veja</em>, ano 43, nº18, intitulada como “A farra da antropologia oportunista”. Segundo o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, a revista teria publicado um depoimento dele sem que houvesse entrevista, ou seja, usaram as famosas aspas para algo que o antropólogo não falou.<br /><br />Como se não bastasse, outra fonte citada na reportagem, o ex-presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, afirmou que também não deu nenhuma entrevista aos responsáveis pela matéria. Isso significa que, outra vez, a revista <em>Veja</em> comete sérios erros relacionados à ética que se deve seguir na prática do jornalismo.<br /><br />Erros como este já fazem parte do “currículo” da revista, uma das mais importantes do país. Seguir uma linha editorial é uma coisa, deixar de cumprir regras básicas do jornalismo é outra. Reportagens que ouvem apenas fontes que defendem o mesmo ponto de vista e o uso constante de adjetivos nos textos comprometem a credibilidade da informação.<br /><br />A revista deveria se pronunciar sobre essas graves acusações. Dar satisfação aos leitores é uma obrigação, principalmente, se tratando de uma revista que possui uma grande tiragem semanal. Para quem não sabe, jornalismo se faz com o maior nível de imparcialidade possível e o bom jornalista não defende este ou aquele interesse.<br /><br />A repercussão negativa do fato mostra que tanto leitores quanto jornalistas estão de olho bem aberto para as gafes cometidas pela imprensa. Vale lembrar, que a internet proporciona uma facilidade muito grande na troca de informações. O que se erra hoje, no mesmo dia se questiona, e assim a falta de ética vai sendo descoberta. O jornalismo, às vezes, também é oportunista.<br /> </span></div>Nilton Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/12890965182881318614noreply@blogger.com0