Artigo publicado na edição de setembro do jornal-laboratório "Olhar Social", da Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS
Por Nilton Carvalho
Para algo se tornar histórico é necessário um legado importante, qualidade e inovação, atributos que ficam na memória e são imunes aos efeitos do tempo. Caso contrário, nomes como Paulo Francis e Norman Mailer seriam insignificantes hoje em dia. Ambos foram excepcionais jornalistas e escritores e por isso são lembrados com respeito, seja qual for a discussão ou assunto.
No caso de um jornal o pensamento segue a mesma linha. O tempo de atuação também conta bastante, como é o caso de jornais como Le Monde, The New York Times e Guardian. No Brasil, a trajetória do jornalismo também foi marcada pelos grandes jornais que, obviamente, contavam com profissionais competentes e que participaram diretamente da evolução do ofício. Entre os grandes jornais impressos do país está o Jornal do Brasil, popularmente conhecido como JB, que iniciou suas atividades em 1891 e que, infelizmente, já tem data marcada para a derradeira edição impressa. O dia 1º de setembro deste ano.
A decisão foi tomada pelo empresário Nelson Tanure, atual dono do jornal, cuja alegação é das mais manjadas: a ascensão da internet. O JB existirá apenas em versão online. Na redação, os jornalistas estão tristes e desconfiados porque todos sabem que seus empregos estão com os dias contados. O antigo concorrente, O Globo, que inclusive deu a notícia antes mesmo dos próprios editores e jornalistas do JB ficarem sabendo, deverá “reinar” absoluto em terras cariocas.
Ora, se a internet realmente fosse o motivo, todos os jornais estariam comprometidos. O que não se pode fazer é permanecer parado no tempo. Muitos jornais estão aprendendo a usar a internet como aliada, o que prova que a web pode formar uma boa parceria com o jornal impresso. O fato é que a notícia tem sido abordada de maneira melancólica pela imprensa de maneira geral, afinal de contas, trata-se de um jornal que existe há muito tempo no país e que empregou profissionais importantes ao longo dos anos.
No dia 1º de setembro a versão impressa do JB será enterrada e com ela os principais acontecimentos do Brasil, mas a pergunta que fica é: será que a crise financeira do Jornal do Brasil foi mesmo provocada pela internet? Há quem diga que Nelson Tenure possui outras experiências negativas com meios de comunicação. Como diria a lendária previsão do tempo, publicada pelo JB no dia 13 de dezembro de 1968, dia em que passou a vigorar o Ato Institucional Número 5 (AI-5), as condições climáticas estão adversas.
Para algo se tornar histórico é necessário um legado importante, qualidade e inovação, atributos que ficam na memória e são imunes aos efeitos do tempo. Caso contrário, nomes como Paulo Francis e Norman Mailer seriam insignificantes hoje em dia. Ambos foram excepcionais jornalistas e escritores e por isso são lembrados com respeito, seja qual for a discussão ou assunto.
No caso de um jornal o pensamento segue a mesma linha. O tempo de atuação também conta bastante, como é o caso de jornais como Le Monde, The New York Times e Guardian. No Brasil, a trajetória do jornalismo também foi marcada pelos grandes jornais que, obviamente, contavam com profissionais competentes e que participaram diretamente da evolução do ofício. Entre os grandes jornais impressos do país está o Jornal do Brasil, popularmente conhecido como JB, que iniciou suas atividades em 1891 e que, infelizmente, já tem data marcada para a derradeira edição impressa. O dia 1º de setembro deste ano.
A decisão foi tomada pelo empresário Nelson Tanure, atual dono do jornal, cuja alegação é das mais manjadas: a ascensão da internet. O JB existirá apenas em versão online. Na redação, os jornalistas estão tristes e desconfiados porque todos sabem que seus empregos estão com os dias contados. O antigo concorrente, O Globo, que inclusive deu a notícia antes mesmo dos próprios editores e jornalistas do JB ficarem sabendo, deverá “reinar” absoluto em terras cariocas.
Ora, se a internet realmente fosse o motivo, todos os jornais estariam comprometidos. O que não se pode fazer é permanecer parado no tempo. Muitos jornais estão aprendendo a usar a internet como aliada, o que prova que a web pode formar uma boa parceria com o jornal impresso. O fato é que a notícia tem sido abordada de maneira melancólica pela imprensa de maneira geral, afinal de contas, trata-se de um jornal que existe há muito tempo no país e que empregou profissionais importantes ao longo dos anos.
No dia 1º de setembro a versão impressa do JB será enterrada e com ela os principais acontecimentos do Brasil, mas a pergunta que fica é: será que a crise financeira do Jornal do Brasil foi mesmo provocada pela internet? Há quem diga que Nelson Tenure possui outras experiências negativas com meios de comunicação. Como diria a lendária previsão do tempo, publicada pelo JB no dia 13 de dezembro de 1968, dia em que passou a vigorar o Ato Institucional Número 5 (AI-5), as condições climáticas estão adversas.
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