quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Jornalismo e o sensacionalismo mórbido


Por Nilton Carvalho


A busca incessante pela audiência tem provocado sérios problemas para a qualidade do jornalismo de hoje. Como se não bastasse matérias elaboradas sem fundamento e pesquisa, as coberturas sensacionalistas de caráter policial transformaram as coberturas em espetáculos onde cenas violentas ganham cada vez mais espaço.

De acordo com o Código de Ética da FENAJ, Federação Nacional dos Jornalistas, coberturas de crimes e acidentes não devem expor cenas cruéis, pois estas são contrárias aos valores humanos.

Esse tipo de imagem não aumenta o grau informativo da matéria nem sequer mobiliza a sociedade. O simples fato de cobrir de maneira coerente, poupando o telespectador de imagens inadequadas de mutilações, já é o bastante para transmitir o conteúdo necessário para que a população receba a mensagem.

Mesmo que o tema em questão esteja diretamente ligado ao jornalista, o profissional não pode tirar vantagem da reportagem para visar o interesse pessoal. O jornalista é um prestador de serviços da população, ele capta os acontecimentos mais relevantes e os transmite de maneira que todos, independente do nível de ensino, possam compreender.

Partindo desta linha de pensamento e respeitando sempre os conceitos do Código de Ética, o jornalista irá exercer a profissão zelando pela democracia e os princípios da cidadania. Informar é permitir que a sociedade conheça os fatos e tire suas conclusões e não confundir as notícias com espetáculos repletos violência.

sábado, 6 de novembro de 2010

A hora da presidenta

Dilma Rousseff, presidenta do Brasil

Por Nilton Carvalho

No último dia 31 de outubro, o povo brasileiro elegeu a candidata do PT, Dilma Rousseff, presidente do Brasil. Cerca de 55% dos brasileiros optaram pela continuidade do atual governo, que teve dois mandatos do presidente Lula.

Em termos histórico-culturais, vale ressaltar que é uma enorme conquista para as mulheres, pois é a primeira vez que uma presidenta assume o Brasil. No campo político, significa uma vitória particular para Luiz Inácio Lula da Silva, que conseguiu eleger seu sucessor.

Mas e para o povo brasileiro, o que isso significa? Considerando os números atuais comparados aos de 2002, quando Lula assumiu a presidência, temos um PIB de 7%, contra 2,7% e uma taxa de desemprego de 6,2% contra 12,7%, daquele ano, só para citar alguns. Dados como estes certamente foram considerados pelo eleitorado.

Em relação às políticas de inclusão social é possível seguir a mesma linha de pensamento. Programas como o Bolsa Família, PAC, Minha Casa Minha Vida e a valorização do salário mínimo impulsionaram a economia, mesmo atravessando uma “crise relâmpago”, no primeiro semestre de 2009.

Mas nem tudo é positivo, Dilma terá um grande desafio no que diz respeito ao combate à corrupção. O governo Lula sofreu com episódios como o mensalão e a recente questão envolvendo a Casa Civil, que já foi ocupado pela presidenta.

Denúncias envolvendo aliados como Sarney e Renan Calheiros também representam o lado negativo do governo Lula. Tudo isso deixou “no ar” que corrupção acontece, quando na verdade, ela precisa ser combatida com pulso firme.

Com a missão de erradicar a miséria em quatro anos de mandato, segundo a própria presidenta disse em sua campanha, a ampliação de programas sociais devem ser a principal ferramenta para que a promessa realmente aconteça.

Para os brasileiros, o que se espera é que, além de ampliar as políticas de inclusão social, Dilma trabalhe em prol de uma educação de qualidade. Investir em conhecimento e ensino certamente irá ajudar a formar cidadãos conscientes e capazes de construir uma sociedade mais justa e que acompanhe o crescimento econômico do país.