quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cidadania entre mendigos e policiais


Por Nilton Carvalho


Aplicar a cidadania de maneira efetiva a todas as classes sociais em uma sociedade desigual como a existente no Brasil é tarefa das mais difíceis. Basta notar as punições que ocorrem em julgamentos de abastados e pobres que iremos nos deparar com uma situação tão desigual quanto injusta. No caso de policiais e mendigos, dois integrantes do cenário urbano das grandes cidades, este conceito segue o mesmo raciocínio.

No exercício da cidadania, os policiais têm o dever de zelar pela segurança dos cidadãos, independente de sua cor, religião ou classe social. Entretanto, existem diversos casos em que o abuso de autoridade, feito por oficiais de polícia, aconteceu simplesmente pelo fato do indivíduo ter aparência humilde e ser negro, ou seja, um fato que foge dos princípios da cidadania.

O mendigo, que na maioria das vezes é tratado com preconceito pela sociedade, tem sido vítima constante de atos violentos, sem contar que este não desfruta de nenhum direito básico de cidadania.

Portanto, enquanto o mendigo for percebido como algo que deve ser higienizado do cenário urbano e o policial não cumprir o seu dever sem manifestar qualquer tipo de preconceito, a cidadania jamais poderá ser aplicada de maneira efetiva em ambos os casos.