Por Nilton Carvalho
A busca incessante pela audiência tem provocado sérios problemas para a qualidade do jornalismo de hoje. Como se não bastasse matérias elaboradas sem fundamento e pesquisa, as coberturas sensacionalistas de caráter policial transformaram as coberturas em espetáculos onde cenas violentas ganham cada vez mais espaço.
De acordo com o Código de Ética da FENAJ, Federação Nacional dos Jornalistas, coberturas de crimes e acidentes não devem expor cenas cruéis, pois estas são contrárias aos valores humanos.
Esse tipo de imagem não aumenta o grau informativo da matéria nem sequer mobiliza a sociedade. O simples fato de cobrir de maneira coerente, poupando o telespectador de imagens inadequadas de mutilações, já é o bastante para transmitir o conteúdo necessário para que a população receba a mensagem.
Mesmo que o tema em questão esteja diretamente ligado ao jornalista, o profissional não pode tirar vantagem da reportagem para visar o interesse pessoal. O jornalista é um prestador de serviços da população, ele capta os acontecimentos mais relevantes e os transmite de maneira que todos, independente do nível de ensino, possam compreender.
Partindo desta linha de pensamento e respeitando sempre os conceitos do Código de Ética, o jornalista irá exercer a profissão zelando pela democracia e os princípios da cidadania. Informar é permitir que a sociedade conheça os fatos e tire suas conclusões e não confundir as notícias com espetáculos repletos violência.
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