segunda-feira, 13 de julho de 2009

O rock está chamando

Por Nilton Carvalho

Tudo começou com os primeiros acordes tocados por Robert Johnson, influência fundamental para o blues e o próprio rock, em pequenos botecos do Mississippi. O novo ritmo sofreu preconceito no início quando foi considerado música de selvagens, muitos diziam que o novo gênero não duraria muito tempo e que seria esquecido em breve. Mas a história não foi bem assim.
Bastou um tal Elvis Presley gravar seu disco de estréia, o homônimo Elvis Presley lançado pela RCA, que trazia na capa o jovem de pele branca soltando a voz munido de seu violão, para que o rock se firmasse definitivamente no planeta. Cantando o gênero inventado pelos negros, Elvis chocou a sociedade da época com sua dança e atraiu milhares de jovens que se renderam ao rock.

A partir daí o rock’n’roll ganhou força no final dos anos cinqüenta e atravessou as décadas seguintes de maneira avassaladora. Seja nos anos sessenta de Dylan, Stones, Beatles, Hendrix e The Who ou nos anos setenta de T-Rex, Bowie, ACDC e Led Zeppelin, o rock sempre foi caracterizado pela atitude e rebeldia.

O final dos anos setenta ficou marcado com a explosão punk que trazia uma proposta de rock básico e sem firulas com Iggy Pop, MC5 e Ramones do lado norte americano. Já na Inglaterra o punk foi politizado, com as cusparadas dos Sex Pistols contra a família real e principalmente pelas letras engajadas do The Clash, liderados por Joe Strummer.

A new wave dos anos oitenta levou o rock diretamente às pistas. Ao som de Blondie e B52’s o estilo vivia a era pós-punk quando no começo dos anos noventa surgiu o Nirvana do incendiário Kurt Cobain. O Nirvana causou um grande barulho com o disco Nevermind, e após a morte de Kurt, a mídia passou especular quem poderia ser a nova “salvação do rock”.

Bandas como Oasis e Strokes foram consideradas salvações, mas a grande verdade é que o rock jamais precisou ser salvo. Os grandes legados ficarão para sempre na história e novas possibilidades irão surgir para renovar o estilo e inovar. A grande certeza que se pode ter é que o rock’n’roll sempre será uma máquina abastecida de energia jovem.

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