quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Desacordo global


Por Nilton Carvalho

O acordo global para reduzir a emissão de gases poluentes, que será definido em dezembro durante o encontro das vinte maiores economias mundiais em Copenhagen, parece caminhar rumo à indefinição. A meta que reduz a emissão de poluentes irá substituir o Protocolo de Kyoto que espira em 2012.

As divergências ocorrem porque ao reduzir os gases prejudiciais ao meio ambiente, inevitavelmente, setores que geram lucro e aceleram o desenvolvimento, como o petrolífero, sofreriam consideráveis baixas em seus percentuais de crescimento. Em tempos de crise, uma redução drástica no lucro gerado pelo consumo de petróleo causaria um grande impacto nas economias mundiais.

O encontro realizado esta semana entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e lideranças da China, durante a passagem de Obama pelo país oriental, causou certa desconfiança quanto à definição de metas de redução de gases poluentes. No encontro, chineses e americanos alegaram que é impossível chegar a um acordo em apenas vinte dias.

As declarações causaram a revolta de centenas de entidades que lutam pela preservação do meio ambiente. O encontro em Copenhagen acontece há pouco mais de quinze dias e os principais líderes mundiais não perecem interessados em definir metas. A visita de Obama à China mostrou que tanto liberais quanto comunistas se preocupam somente com o crescimento de suas economias deixando de lado a preservação de um futuro sustentável para todos.

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