segunda-feira, 22 de março de 2010

Um jornalismo diferente

O repórter fictício Ernesto Varela entrentrevistando o político Paulo Maluf


Por Nilton Carvalho

O jornalista, em sua essência, deve informar, conectar o homem aos principais fatos ocorridos no mundo e também prestar serviços à sociedade. Em meio aos princípios e deveres do jornalismo, na longínqua década de sessenta, eis que surge um estilo envolvente e criativo de se redigir uma notícia, o jornalismo gonzo. Inicialmente capitaneado por Hunter Stockton Thompson (1937 – 2005), a nova abordagem ganhou vertentes em diversos países.

O envolvimento profundo do jornalista na história e um texto bem elaborado são características fundamentais no jornalismo gonzo. Outro fator que caracteriza o estilo são as boas doses de humor e sarcasmo nas entrevistas, que se tornaram ferramentas poderosas na exposição de um determinado fato. No Brasil, este tipo de entrevista ficou famosa com o repórter – e também ator, diretor e apresentador – Marcelo Tas, que possui em seu repertório uma grande influência do estilo gonzo.

Durante os anos oitenta, na produtora Olhar Eletrônico, Marcelo Tas fazia o papel de um repórter fictício chamado Ernesto Varela. O personagem entrevistava personalidades e, principalmente, políticos. No entanto, as entrevistas eram recheadas de perguntas inusitadas e ousadas que, na maioria das vezes, desconcertava os entrevistados.
Hoje, Marcelo Tas apresenta o programa CQC na TV Bandeirantes. O trabalho atual sofreu influência do saudoso repórter Ernesto Varela. Nesse estilo de entrevista, não há limites para ousadia e criatividade, os ingredientes principais na receita do jornalismo gonzo.

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