Por Nilton Carvalho
Uma crônica baseada na história do ladrão que assaltou uma casa durante a madrugada em São José dos Campos, na última quinta-feira, 4 de março, mas acabou sendo preso porque foi encontrado dormindo no sofá da residência...
Mané Ligeiro, como era conhecido em Santana, bairro onde morava na barulhenta e movimentada São Paulo, sempre fez jus ao apelido que possui desde os onze anos de idade. Desistiu da escola antes mesmo de completar o ensino fundamental e na ausência dos pais, que precisavam trabalhar para sustentar os cinco filhos, passava o dia inteiro na rua, pra lá e pra cá com a molecada.
O tempo passou, Mané Ligeiro completou maior idade e a dificuldade de arrumar um emprego se tornou um grande problema. As alternativas foram se esgotando e, sob a má influência das novas amizades, recebeu um convite para participar de um assalto. O plano era perfeito e o alvo era o mercadinho do bairro. Mas, o acaso resolveu conspirar contra a turma de Mané Ligeiro e no momento do assalto uma viatura da polícia, que fazia patrulha no bairro, prendeu os assaltantes em flagrante.
O juiz concluiu que Mané Ligeiro e seus amigos pegariam seis anos de prisão. Apesar de terem sido detidos no mesmo assalto, o grupo se desmanchou e cada um foi transferido para uma penitenciária diferente. Mané Ligeiro foi parar no presídio do Tremembé, zona norte de São Paulo.
Três anos se passaram e Ligeiro conseguiu um benefício pelo bom comportamento, o indulto de Natal, que permitiu a ele passar o feriado com a família. Mas, Mané Ligeiro decidiu que não voltaria mais ao presídio e elaborou um plano infalível que, segundo ele, desta vez não daria errado. Os pais foram contra a decisão do filho, mas os conselhos de nada adiantaram e a única coisa certa para um futuro sem expectativas era voltar à vida do crime.
Entre uns roubos aqui e outros ali, dois meses se passaram e Mané Ligeiro passou a despertar suspeita na vizinhança. Decidiu então que partiria para outra cidade e, quem sabe, conseguir assaltar um bairro que chamasse menos atenção. A cidade escolhida foi São José dos Campos. Ao descer do ônibus, Mané Ligeiro tinha certeza que estava na cidade certa e que esta, aparentemente uma "cidade de bacana”, lhe renderia bons negócios.
De madrugada, Mané Ligeiro perambulava pelas ruas prestando muita atenção nas residências quando, de repente, avistou uma casa cujos muros eram baixos e que ele poderia invadir facilmente. Entrou sem fazer o menor ruído e não notou a presença de ninguém. Começou a encher as sacolas com roupas, todas de grifes famosas, e já podia até contabilizar o dinheiro que estava faturando no assalto. O trabalho pesado deixou Mané Ligeiro cansado e, como a viagem havia sido longa, resolveu tirar um cochilo no aconchegante sofá da sala de visitas.
Tudo o que Ligeiro não esperava é que havia um casal no outro quarto dormindo, que por sinal ele não tinha examinado ao invadir a casa. Isabel, que dormia ao lado do marido, levou um susto ao encontrar um sujeito estranho dormindo no sofá de sua casa por volta das 6h40 da manhã. Desesperada, ela acordou o marido e, sem fazer barulho, o casal ligou para a polícia. Os oficiais chegaram rapidamente, mais ou menos uns dez minutos após a ligação, e encontraram Mané Ligeiro tirando a maior soneca no sofá.
Ao ser despertado pela polícia, Mané Ligeiro tentou fugir e, como num pesadelo, não acreditava que tudo aquilo realmente pudesse estar acontecendo. Mas não adiantava tentar lutar contra dois policiais armados que o levaram para o 3º Distrito Policial da cidade. Mané Ligeiro tinha o plano perfeito, só não contava que encontraria um adversário de peso, o sono, que dominou seu corpo no momento da saída triunfal. Agora ele irá voltar para a prisão, de onde havia fugido após um ato de pura esperteza e que agora, por causa de um “cochilo bandido”, terá de voltar para cumprir sua pena.
Uma crônica baseada na história do ladrão que assaltou uma casa durante a madrugada em São José dos Campos, na última quinta-feira, 4 de março, mas acabou sendo preso porque foi encontrado dormindo no sofá da residência...
Mané Ligeiro, como era conhecido em Santana, bairro onde morava na barulhenta e movimentada São Paulo, sempre fez jus ao apelido que possui desde os onze anos de idade. Desistiu da escola antes mesmo de completar o ensino fundamental e na ausência dos pais, que precisavam trabalhar para sustentar os cinco filhos, passava o dia inteiro na rua, pra lá e pra cá com a molecada.
O tempo passou, Mané Ligeiro completou maior idade e a dificuldade de arrumar um emprego se tornou um grande problema. As alternativas foram se esgotando e, sob a má influência das novas amizades, recebeu um convite para participar de um assalto. O plano era perfeito e o alvo era o mercadinho do bairro. Mas, o acaso resolveu conspirar contra a turma de Mané Ligeiro e no momento do assalto uma viatura da polícia, que fazia patrulha no bairro, prendeu os assaltantes em flagrante.
O juiz concluiu que Mané Ligeiro e seus amigos pegariam seis anos de prisão. Apesar de terem sido detidos no mesmo assalto, o grupo se desmanchou e cada um foi transferido para uma penitenciária diferente. Mané Ligeiro foi parar no presídio do Tremembé, zona norte de São Paulo.
Três anos se passaram e Ligeiro conseguiu um benefício pelo bom comportamento, o indulto de Natal, que permitiu a ele passar o feriado com a família. Mas, Mané Ligeiro decidiu que não voltaria mais ao presídio e elaborou um plano infalível que, segundo ele, desta vez não daria errado. Os pais foram contra a decisão do filho, mas os conselhos de nada adiantaram e a única coisa certa para um futuro sem expectativas era voltar à vida do crime.
Entre uns roubos aqui e outros ali, dois meses se passaram e Mané Ligeiro passou a despertar suspeita na vizinhança. Decidiu então que partiria para outra cidade e, quem sabe, conseguir assaltar um bairro que chamasse menos atenção. A cidade escolhida foi São José dos Campos. Ao descer do ônibus, Mané Ligeiro tinha certeza que estava na cidade certa e que esta, aparentemente uma "cidade de bacana”, lhe renderia bons negócios.
De madrugada, Mané Ligeiro perambulava pelas ruas prestando muita atenção nas residências quando, de repente, avistou uma casa cujos muros eram baixos e que ele poderia invadir facilmente. Entrou sem fazer o menor ruído e não notou a presença de ninguém. Começou a encher as sacolas com roupas, todas de grifes famosas, e já podia até contabilizar o dinheiro que estava faturando no assalto. O trabalho pesado deixou Mané Ligeiro cansado e, como a viagem havia sido longa, resolveu tirar um cochilo no aconchegante sofá da sala de visitas.
Tudo o que Ligeiro não esperava é que havia um casal no outro quarto dormindo, que por sinal ele não tinha examinado ao invadir a casa. Isabel, que dormia ao lado do marido, levou um susto ao encontrar um sujeito estranho dormindo no sofá de sua casa por volta das 6h40 da manhã. Desesperada, ela acordou o marido e, sem fazer barulho, o casal ligou para a polícia. Os oficiais chegaram rapidamente, mais ou menos uns dez minutos após a ligação, e encontraram Mané Ligeiro tirando a maior soneca no sofá.
Ao ser despertado pela polícia, Mané Ligeiro tentou fugir e, como num pesadelo, não acreditava que tudo aquilo realmente pudesse estar acontecendo. Mas não adiantava tentar lutar contra dois policiais armados que o levaram para o 3º Distrito Policial da cidade. Mané Ligeiro tinha o plano perfeito, só não contava que encontraria um adversário de peso, o sono, que dominou seu corpo no momento da saída triunfal. Agora ele irá voltar para a prisão, de onde havia fugido após um ato de pura esperteza e que agora, por causa de um “cochilo bandido”, terá de voltar para cumprir sua pena.
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