quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ilhas do conflito, parte dois


Por Nilton Carvalho

Descobertas pela França, as ilhas Malvinas, cujo nome é de origem francesa, passaram a ser divididas com a chegada dos ingleses. As primeiras disputas aconteceram quando a França vendeu sua parte para a Espanha e esta, por sua vez, declarou guerra ao Reino Unido. O conflito terminou com a divisão sendo mantida e, com o fim da colonização espanhola, a Argentina herdou a metade pertencente à Espanha.

Os ingleses não aceitaram a presença argentina nas ilhas e em 1833 assumiram o controle total da região. Desde então, o governo da Argentina reivindica a soberania sobre as Malvinas. Durante os anos oitenta, ocorreu um confronto envolvendo os dois países, vencido pelos britânicos, que ficou conhecido como a Guerra das Malvinas.

A polêmica envolvendo a soberania sobre as ilhas esquentou nos últimos dias quando o governo britânico decidiu explorar petróleo na região. A decisão irritou a presidente Cristina Kirchner, que acusa os ingleses de intervir nas Malvinas antes de uma decisão final da ONU sobre o impasse. Os países que formam a Calc (Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe) expressaram apoio ao governo argentino.

O governo britânico alega que a maioria dos cidadãos que vivem nas ilhas Malvinas, batizadas de Falkland pelos ingleses, desejam continuar a fazer parte do Reino Unido. A tensão diplomática entre os dois países deve pressionar a ONU para que uma definição seja estabelecida. Ambos os governos descartam uma intervenção militar, mas por se tratar de uma divergência histórica, a soberania sobre as Malvinas disputada por Inglaterra e Argentina necessita de um ponto final mediado pela ONU.

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