Por Nilton Carvalho
Foram dias de conferência com a participação de nações desenvolvidas, emergentes e em desenvolvimento. Os debates foram longos e cansativos e, infelizmente, o resultado foi considerado um fiasco. É assim que termina a tão comentada Cúpula de Copenhague, que conseguiu apenas um “tímido acordo” no último sábado, 19 de dezembro.
Nada de metas, somente uma “carta de intenção” com um conteúdo muito abaixo do que se esperava para combater o aquecimento global. O resultado gerou duras críticas de ambientalistas que acompanharam os debates. Líderes dos principais produtores de gases estufa, como Estados Unidos e China, travaram as negociações que propunham metas para a redução de emissão.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o compromisso como um “importante passo” em busca de objetivos mais ambiciosos. Mas, durante os debates ficou claro que os países desenvolvidos não querem assumir metas significativas para reduzir a emissão de gases poluentes. Para alcançar resultados satisfatórios é necessário um esforço conjunto que certamente irá impactar na economia de todos que assinarem o acordo de redução.
Outra questão importante é o compromisso que deve ser respeitado por todos os países, independente do regime político. A China questionou o fato de haver uma inspeção nos países que se comprometerem em reduzir a emissão de gases estufa e essa divergência também foi uma das questões que impediram a definição de um acordo ambicioso.
Se o primeiro passo foi dado em Copenhague, como o presidente americano destacou, esse passo foi muito pequeno comparado ao tamanho do problema ambiental que o planeta atravessa. No próximo encontro dos principais líderes mundiais, o que se espera é um segundo passo mais abrangente. Um passo que atravesse os obstáculos políticos e os interesses econômicos e alcance um resultado que possa salvar o futuro do planeta.